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Fábulas

Fábulas

Jantar na capital

Ontem fui jantar a Lisboa...
Saí de casa cerca das 18.30 e à 1 e pouco da manhã estava de volta.

O restaurante, no Vasco da Gama, acho que se chamava "Lusitânia".
A ideia era ir à Portugália, mas enganámo-nos na porta...
Coisas que acontecem aos provincianos!
Quando vimos que estávamos no restaurante "errado" já estávamos (bem) instalados e sem vontade de mudar.

E a história podia ficar por aqui e iam ficar todos a pensar que eu não bato bem (o que não é nenhuma mentira) ou então que não tenho mesmo mais nada que fazer, nem ao tempo nem ao dinheiro...

Mas não, tive de sair por um motivo nobre: ir ao aeroporto buscar a filhota e o genro, que estiveram uns dias na Madeira.
Eles mereceram o "mimo": primeiro porque foram em trabalho e depois porque assim me desampararam a loja por 5 dias!!

... e professores-a-horas

Eu sei que hoje é dia de fotografia, mas não podia deixar escondido nos comentários este desabafo de uma professora, como tantas deste país, que tem um horário incompleto.
Mais uma prova de que se querem fazer omeletas sem partir os ovos e de que esta ministra não está a ir pelo caminho certo...
Os ovos vão partir, se não for a bem vai ser a mal, porque da maneira que as coisas estão é que não podem continuar!
Há professores a mais?
Então tenham coragem e fechem as escolas de formação de professores!
Pelo menos não criam falsas ilusões a pessoas que tiraram cursos especificamente para dar aulas e trabalham agora nas caixas dos hipermercados ou são mão-de-obra-barata que fazem trabalhos especializados (mas mal pagos e precários) para editoras!
E agora o comentário da PN:

«Ultimamente tenho ouvido tanta coisa, tenho visto tanta coisa, tenho lido outra tanta que me desgosta, me desmotiva e me deixa quase à deriva sem saber ao certo o que fazer.
Afinal ando a investir numa profissão que me querem praticamente impedir de exercer.
Na escola vejo os colegas desmotivados, cansados, a entrar na escola às 8 e meia e por vezes a sair às 8 da noite, a serem obrigados a faltar para poder fazer algo que é trabalho para a escola como corrigir testes, a roubar o tempo com a família para planificar aulas.

E no meio destes professores cansados e sobrecarregados, estão professores de part-time, como eu que não sabem se irão ter alguma hipótese de trabalhar a tempo inteiro algum dia ou se será preferível deitar fora 10 anos de investimento e um sonho.»

Professores-a-dias

Venho anunciar o nascimento de uma nova profissão: a dos professores-a-dias.
Além das 25 horas lectivas semanais sem direito a nenhuma redução ao longo de toda a carreira, inventaram agora mais duas horas lectivas semanais para os professores do 1º ciclo.
Até aqui tudo (mais ou menos) bem: ficar mais tempo na escola e aproveitá-lo para ajudar alunos com mais dificuldades, ou fazer sem "remorsos" aquelas actividades que às vezes se deixam de fazer porque o português e a matemática nos "roubam" muito tempo, ninguém contestava...

Mas o ministério não se ficou por aqui: descobriram agora que os prolongamentos até às 17:30 não estavam a ser feitos na maioria das escolas!
Grande descoberta! Quando todos sabemos (parece que a ministra não sabia!!) que a maioria das escolas tem 2 ou 3 professores e a semana tem cinco dias, como podem fazer um prolongamento diário?

Vai daí apareceu um outro nome para os professores: a partir da altura em que largamos os nossos alunos deixamos de ser professores e passamos a "professores-a-dias" ou, para quem gosta de títulos mais pomposos, passamos a "recursos".
E que fazem os "recursos"?
Pois os "recursos" vão de escola em escola tapar os tais buracos que os professores de lá não conseguiram tapar!
No seu carro, a gastar da sua gasolina!
Giro não é?

Ao longo de 25 anos de serviço já me tinha chateado, arreliado, preocupado e outros "ado" com as diversas medidas (ou ideias de jerico) que cada ministro manda cá para fora para mostrar que tem ideias e é inovador.
Desta vez (e pela primeira vez) cheguei à indignação!
E não sou só eu, somos muitos, cada vez mais...
Os sindicatos fazem o seu papel, ou seja, nada.
Os professores que gostam do seu trabalho e que fazem muito mais do que lhes é exigido, estão a ficar cada vez mais desmotivados, tristes e revoltados!

Esta história não é das minhas preferidas: não vai acabar aqui e muito menos vai acabar bem!

Estou viva (ainda!)

Entre reuniões, acções de formação,outra vez reuniões, telefonemas a "entidades", e sei lá quanta burocracia, lá vou arranjando uns intervalinhos para dar aulas.
Passar por aqui ou por outros blogues, ler correio e responder é que não dá!
É só para dizer que estou viva!

Para lá de cansada,
constipada,
cheia de tosse
e quase afónica,
mas viva!


Já agora, alguém me sabe dizer como se faz ponto inglês?
Tenho a lã, tenho as agulhas, mas quero fazer o cachecol em ponto inglês e não sei fazer!!
Preciso de aprender com urgência antes que espete as agulhas em alguém! (e a lista é jeitosa!)

Ontem Cavaco Silva

ganhou as eleições e é o novo Presidente da República.
(se não fosse o meu blog alguma vez descobririam tal coisa?)
Por uma unha negra, mas ganhou e pronto!

Não votei nele, mas mais de metade dos portugueses que foram cumprir o seu dever cívico, votaram.
Não estou muito preocupada.
Apesar de nunca o ter achado uma figura simpática, gostei do discurso que fez logo que soube que tinha ganho: há muito tempo que não se ouvia um discurso que não fosse "tadinhos, somos pobres, moramos longe, estamos deprimidos, bla, bla, bla"...
Fez um discurso optimista que gostei de ouvir.

Outra coisa que me alegra nesta eleição é a de que a vida dele possa servir de exemplo a muita gente: oriundo de uma família relativamente pobre, os sacrifícios que teve de fazer para estudar - que nem passam pela cabeça de muitos "betinhos" dos nossos dias para quem só o esforço de carregar os livros é demasiado - mostrar o valor da força de vontade, do trabalho e da tenacidade.
E tenho a profunda convicção de que Cavaco Silva é um homem honesto, daqueles honestos à moda antiga para quem um aperto de mão vale tanto como um papel assinado.

Também me dá uma certa satisfação ver aqueles intelectuais-que-escrevem-artigos-de-opinião-nos jornais-de-referência-e-têm-programas-na-televisão terem de engolir este sapo.
É que nunca percebi porque hostilizavam tanto Cavaco Silva: não pelos seus ideais (o que seria normal e compreensível) mas por ter nascido no Algarve (e não na Lapa ou outro sítio igualmente chique), ser filho do dono da bomba da gasolina que não é doutor nem tem uma árvore genealógica que se apresente...

E espero estar certa nas minhas convicções para bem de todos nós!

Histórias de interruptores

Um dia destes o meu filho contava dum colega que tem um avô que, quando uma lâmpada lá de casa se funde, põe a culpa no desgraçado que teve o azar de ligar o interruptor no momento fatídico...
_____________________

Nesta altura as caixas de correio dos nossos computadores ficam atafulhadas de caricaturas dos candidatos, gaffes dos candidatos, foto-montagens com os candidatos, enfim...
Pela minha parte fiz o favor à humanidade de não reenviar nenhum!

Mas admira-me que ainda hoje, tantos anos passados, as duas maiores críticas feitas ao candidato Soares sejam precisamente duas situações em que ele não tem (teve) nenhum poder de interferir: a idade e a descolonização.
Recebi mensagens de verdadeiro ódio contra Soares, escritas por pessoas que viveram em África e sofreram e ficaram traumatizadas com a descolonização.
Quem cá estava nessa altura sabe o caos que por aqui ia...
Não se sabia muito bem quem mandava em quem, quem ditava leis hoje amanhã poderia já não o fazer...
Se cá não se conseguiam controlar as situações, como controlá-las lá tão longe?
Se vamos arranjar culpados para o desastre que foi a descolonização temos de recuar até à altura em que começou uma guerra que jamais devia ter começado.
Nessa altura, com calma as coisas deviam ter sido negociadas a bem de todos.
E as pessoas que viviam nesses países em guerra deviam pelo menos ter uma ideia de que aquela situação não se poderia prolongar indefinidamente e que, como todas as guerras, não iria ter um fim muito feliz!
Eu gostava de saber o que pensam hoje essas pessoas que vieram de África e que agora têm filhos com 19 ou 20 anos o que achavam se lhes pegassem nos filhos e os mandassem para uma guerra absurda, do outro lado do mar, para uma terra que nunca tinham visto, que não conheciam nem amavam nem queriam defender!
_____________

Mário Soares foi apenas o homem do interruptor!
(e isto não é campanha eleitoral que eu nem vou votar nele... pelo menos não na primeira volta !!)

Primeiro aniversário dos Golfinhos

O Blog dos Golfinhos festejou hoje o seu primeiro aniversário.
Teve direito a bolo (oferecido por uma avó-golfinha) e a ouvir cantar os parabéns...

Modéstia à parte, acho que todos merecemos os parabéns:
os meus alunos que se têm entusiasmado tanto com o blog que por vontade deles passavam a vida a ir lá contar tudo e mais alguma coisa;
eu, que trabalho para lá das 35 e das 40 e sei lá das quantas só porque gosto e não porque sou obrigada por nenhum decreto-lei;
e finalmente todos os que por lá aparecem a comentar e a entusiasmá-los.
Cada comentário recebido é uma festa e agora que já temos internet na sala e que eles são mais autónomos a escrever, vou tentar que respondam aos comentários (enquanto respondem estão a construir um texto e nem dão por ela!)



Passem por lá e provem uma fatia de bolo de iogurte!

Estado de sítio

Diz ela "sabes onde estão as embalagens de gel de banho e os frascos do champô?"
Responde ele "acho que estão dentro do tacho"

Não é nenhuma cena dum filme maluco, é mesmo na minha casa!
A minha filha vendeu o apartamento onde morava a um apressado que o quer para já, e o que ela comprou ainda não está pronto. Por isso pediu guarida cá em casa...
Como esta situação coincidiu com a vinda do carpinteiro para montar dois guarda-roupas no sótão, instalou-se a confusão!

Resultado: não se podendo instalar no quarto do sótão estão instalados "por aí" e há tarecos deles em todos os cantos!
(em todos os cantos cá de casa e também em diversos locais de Coimbra!!)
Isto não parece uma casa, parece um acampamento de escuteiros desarrumados!

Deve ser parte do castigo divino por eu ter transformado o ex quarto dela no meu novíssimo escritório (que antigamente era... no sótão!)
Mas eu gosto... Por uns tempos voltamos a ser quatro à mesa e nas conversas ao serão

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