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Fábulas

Fábulas

Direitos dos animais

Não sou militante de nenhum partido, não pertenço a nenhuma orgarnização ou grupo.
Talvez seja um bocadinho individualista, mas pronto é assim que sou e os meus pais não aceitam reclamações e muito menos devoluções à procedência...
No entanto, comporto-me como se pertencesse a todas as organizações ecológicas, de defesa dos animais, dos direitos humanos, etc, etc. Penso que se todos cumpríssemos escrupulosamente os nossos deveres nem seriam precisas tantas organizações.
Vem isto a propósito dos direitos dos animais de que se fala tanto nesta altura, por causa de umas bestas que há para aí que abandonam os pobres para poderem ir de férias. Todos os dias recebo mails da Tânia com animais abandonados ou maltratados para adoptar.
Mete dó!
Por outro lado e de certa forma os animais têm mais direitos que muitos seres humanos.
Agora que já dói menos falar no assunto, posso dar o exemplo do meu cão: deram-mo ainda bebé pois ia ser abandonado porque "não prestava para a caça" - estes caçadores dão outro post,um dia destes.
Na altura havia uns desenhos animados na televisão, acho que se chamavam "Bell e Sebastião" e o cão pequenino era o Pucci. Então os meus filhos baptizaram-no com esse nome.
Viveu sempre cá em casa, não estava preso, passeava no pátio e no quintal. Viveu 16 anos sem nunca ter adoecido. Nos últimos dois anos com a velhice foi começando a ficar surdo e depois cego.
Mas foi sempre independente até ao último dia da vida dele.
Quando vimos que já não havia nada a fazer fomos chamar a veterinária, mas quando ela chegou ele já tinha morrido, como quem diz "se nunca precisei de veterinários para viver, também não vai ser agora que vou precisar!"
Foi enterrado no fundo do quintal, no local preferido dele, onde enterrava os ossos maiores e onde, já velhote, dormia as suas sestas...
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Agora digam-me se conhecem alguma pessoa que tivesse tido direito a eutanásia para morrer com dignidade e direito também a, depois de morta, ser enterrada no seu local preferido em vida...

Ainda os incêndios

Vinha para escrever sobre um assunto que já tinha alinhavado na minha cabecinha, mas ao chegar aqui deparo-me com comentários ao artigo de ontem que não posso deixar passar em branco e além disso aproveito para abrir a discussão a mais pessoas.
O primeiro a comentar foi o Analfabeto, dizendo que a culpa dos incêndios é de todos nós. Eu respondi-lhe que não me sentia minimamente responsável pelo que se passa...
Depois aparece o Letras ao Acaso a dizer (e passo a citar):

« O Analfabeto tem razão. Os incêndios são culpa de todos nós. Pecamos pelo silêncio, somos cúmplices pela omissão, não exercemos a nossa cidadania para obrigar o des(governo) a tomar medidas concretas. O 1º ministro, ainda ontem disse no debate parlamentar que tínhamos falta de meios. Hoje que três países ofereceram ajuda, diz que fica muito caro. Não ficará mais tudo o que se perde e a miséria humana que daí resulta? O Advogado Sá Fernandes, que parou o túnel do Marquês, vai meter o Estado em Tribunal,exercendo dessa forma a cidadania plena. Nem todos são advogados. Mas todos somos cidadãos. A culpa é de todos.»

Eu, embora concorde com o que o Letras diz, não concordo com a parte do " a culpa é de todos".
Primeiro, porque quando a culpa de qualquer coisa é de todos, acaba por nunca ser de ninguém e depois repito o que já disse atrás: eu não me sinto culpada pelos incêndios.
Esta história da "culpa colectiva" comigo não pega! Talvez seja esse um dos motivos porque neste país a culpa morre sempre solteira: ou não há culpados, ou somos todos! Como não cabemos todos na cadeia, ia ser um sarilho, fica tudo como dantes, quartel general em Abrantes...
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De uma vez por todas seria bom que se apurassem os culpados dos incêndios, das pontes que caem, das obras que custam um balúrdio feitas com o dinheiro de todos nós e passados meses metem água por todos os lados, das estradas que ficam logo esburacadas com meia dúzia de dias de uso... No dia em que os responsáveis forem punidos e tiverem de pagar os seus erros ( e quando digo "pagar" estou a falar em dinheiro, não em tretas morais), vamos ver como as coisas se compõem.
Ai se compõem!!

Replay

Já tinha começado o noticiário quando liguei a TV.
O assunto eram os incêndios.
Incêndios no Algarve (em Monchique, Loulé, Tavira), incêndio na Serra da Arrábida, incêndio em Baião, incêndio em Boticas, incêndio em Portalegre...
Há fogos também em Almodovar, Terras do Bouro, Mirandela, parque Nacional da Peneda - Gerês.
Fiquei a ver aquelas imagens mais um bocado: gente em desespero por ter perdido, ou estar em vias de perder, todo o trabalho de uma vida;
gente que já tinha perdido a casa com todo o seu recheio (para mim e em relação a bens materiais,a maior de todas as perdas, inimaginável...);
gente que perdeu as suas culturas e os seus animais, enfim, o seu modo de vida ;
gente a lutar sem meios contra um fogo gigantesco numa luta desigual... Bombeiros exaustos a queixarem-se da falta de meios para combater tantos fogos, dos aviões que nunca mais chegam onde são precisos...
Entretanto os políticos fazem reuniões e prometem para breve mais meios ao dispôr dos bombeiros, a construção de asseiros, a limpeza e vigilância das florestas, talvez até uns aviões de combate a incêndios
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Mas será que os jornalistas foram todos de férias ao mesmo tempo?
Se não, como se justifica que estejam a repetir as notícias do Verão passado?

Receita para uma tarde quente de domingo

Se tivesse o MSN ligado já me tinha aparecido alguém a dizer:
"O quê?? Hoje é domingo, está um sol maravilhoso e tu aí agarrada ao computador??"
Eu nem respondo a essas provocações, mas devia responder com um "e tu também, senão não estarias a falar comigo!"
Mas gostos são gostos e eu não gosto de sair ao domingo.
Ao domingo à tarde e de verão, nem morta!! Quando muito posso sair para ir almoçar a algum sítio giro, mas volto a casa por volta das 16, hora a que começa a ser impossível andar na rua, tal é a multidão desenfreada...
Hoje, logo a seguir ao almoço, instalei-me com o meu marido na nossa sala fresquinha e estivemos a ver uma cóboiada na SIC.
Depois vimos a final da volta à França. Como me apetecia um doce mas não queria sair, resolvi fazer um bolo de chocolate (mnhammmm).
Pus a tocar um CD do Adriano Correia de Oliveira e fui fazer o bolo.
E pronto... Passei assim uma tarde fresquinha (afinal onde é a tal onda de calor???) e ainda ganhei um bolo para a sobremesa.
São servidos?
_________________

Quero aproveitar para agradecer a todos os visitantes do meu blog, pois hoje quando liguei o computador verifiquei que tinha ultrapassado a barreira das 10000 visitas!Obrigada a todos!! (E já agora também obrigada a mim pois pr'aí metade dessas entradas são aqui da euzinha...

Novo visual

Tenho recebido elogios ao novo visual do meu blog e ainda não falei sobre esse assunto pois tenho andado bastante atarefada, triste e cansada (a ordem é arbitrária...).
Mas, tinha mesmo de falar no assunto principalmente porque o mérito não é meu e quero deixar aqui o meu agradecimento aos responsáveis:
Ao José Abrantes, o criador do Zu (um gatinho azul que tem um lápis mágico), que fez este belo desenho especialmente para mim... (vá, podem roer-se de inveja...).
Quero agradecer também ao Pedro, um grande e querido amigo que percebe "montes" de computadores e tem sempre pachorra para me aturar. Foi ele que me ensinou a colocar o desenho ( html pelo telefone!! ). Obrigada aos dois!! Podem encontrar aqui o Abrantes e aqui o Pedro.
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Espero que tenham ouvido as notícias de hoje: secretaria de estado da educação em Aveiro... Pensavam o quê? Que eu não era influente?? É para que vejam! Quem não sabe do que estou a falar, pode conferir aqui.Se precisarem de alguma coisa é só pedirem: um lugarzito num ministério, uma nova secretaria de estado - porque não? - uma entrada na universidade, o que vos passar pela cabeça!

Modernices

O Dr. Vasco Prazeres escreve na Notícias Magazine todos os domingos. As suas crónicas são sempre deliciosas! Não resisto a transcrever a deste domingo (com cortes para não ficar muito grande). Espero que ele não leve a mal...

« Ouvi nas notícias que um gajo qualquer mandou a patroa desta para melhor. Depois foi julgado e deram-lhe uma porrada de anos de choça. Deram-lhe tempo demais e pediu para outro tribunal dizer o que é que achava.Parece que a mulher se negava ao gajo, que dizia que não havia nada para ninguém! (...)Armada em madame! A fazer-se cara...(...). Isto é no que dá, agora, essa mania das independências. Cá para mim, ninguém me tira da ideia que, com estas modernices todas, foi uma juíza e não um juíz o autor da sentença! Elas andam todas feitas umas com as outras! O que valeu foi que o outro tribunal não foi em cantigas, nem nas tretas dos direitos das mulheres e da violência doméstica, ou o que é isso! (...) Depois de os juízes virem dizer que o homem tinha tido uma pena injusta porque não sabia ler e porque a mulher não tinha direito a dar negas, eu só gostava de saber porque é que anda para aí toda a gente a dizer que a justiça em Portugal não funciona como deve ser. O que é que queriam? Tirem as mulheres dos tribunais e vão ver como este país anda para a frente! E, já agora, tirem-nas das escolas, que só estão a fazer com que os rapazes fiquem todos uns maricas! Ainda bem que eles vão começar a tirá-las de médicas, que só fazem a malta gastar dinheiro na farmácia com remédios que não servem para nada. Chiça!»
</em>_________________________
Eu não me considero feminista porque para mim esta palavra faz-me lembrar aquelas mulheres que confundem "direitos iguais " com "serem iguais " aos homens, normalmente feiosas e mal amadas. Mas não suporto machismos! E alguém me contou este caso e eu pensei que fosse uma brincadeira... O dr. Vasco Prazeres com a sua inimitável ironia consegue fazer-nos rir com um assunto tão triste!!

Socorro!!

Tenho a minha cozinha em obras, para abrir uma janela. Por isso, os armários tiveram de ser despejados.
A minha casa está um verdadeiro caos!
Como é possível nós (mulheres!) acumularmos tanta coisa que não faz falta nenhuma? (Algumas já nem me lembrava que tinha!).
E ainda tenho a ajuda do "senso comum" do meu marido que, de cada vez que vou para comprar um caco novo, me diz: "para que é que queres isso??" E eu lá penso duas vezes e deixo ficar na loja...
(Deve ser um defeito de fabrico qualquer: há mulheres que acumulam sapatos, eu tenho uma atracção fatal por... cacos!).


Não vou lá abaixo nas próximas horas! E ainda só anda aí o senhor que veio alterar os armários! Quando vierem mesmo fazer o buraco na parede aí é que eu fujo de casa!
O único consolo que me resta é que vou ficar com uma cozinha mais luminosa e vou finalmente poder deitar fora a arca frigorífica horizontal (onde tenho de me enfiar toda para ir buscar uns bifes lá ao fundo pois normalmente está quase vazia), e vou ter finalmente uma pequenina vertical. Uauu!!
Só estas "projecções do futuro" me impedem de fugir de casa e pedir guarida a alguém!!


cozinha.jpg


Temos (des)governo!

Finalmente temos governo!
Mas há coisas que eu não entendo, por exemplo: para que são precisos mais ministérios?? (Será que os amigos não cabiam todos nos que já havia??)
Ainda outra dúvida: Se o Bagão Félix está disponível para fazer parte do governo e se era tão competente porque muda de pasta? O trabalho não rende mais se tiver continuidade?
____________________________________

Isto sou eu, que não percebo nada de política, a pensar cá com os meus botões.
E tenho de mudar urgentemente de assunto que este blog já parece a quadratura do círculo!! (Mas em bom, claro...)
E ainda outra coisa: foi impressão minha ou o nosso Presidente estava com um ar compungido do género "Meu Deus, mas que é que eu fui fazer?"

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