Em Março do ano passado, a Primavera fazia-se anunciar assim lá para os lados do Algarve (mais propriamente em Alte, onde fomos à procura de um artesão de sabonetes - e achámos!!)
Na sexta-feira, durante o intervalo, dois garotos travaram-se de razões. Às tantas um insulta o outro, que se vem queixar que o colega lhe chamou "porco" Chamado o prevaricador à pedra, ele nega ter insultado o colega. "Eu não lhe chamei porco" "Chamaste pois", diz a auxiliar, "que eu ouvi"! "Não chamei não senhor" "Ó S., não sejas mentiroso, que eu ouvi tu chamares porco ao L." "Não lhe chamei porco - dizia ele indignado - só lhechamei corno!"
A auxiliar engoliu em seco e disse-lhe "Isso não se chama a ninguém! É uma palavra muito feia. Sabes lá tu o que isso quer dizer!" "Sei pois! Foi o que a minha mãe fez do meu pai"
Sabiam que há pelo menos duas qualidades de portugueses? Se não sabiam, ficam a saber! Há os "portugueses fundamentais" e os outros... Não estou a brincar!! É notícia no Correio da Manhã online!
E imaginam quem faz parte do grupo dos fundamentais? Eles dizem os "fornecedores de serviços, como o gás", mas a mim cheira-me que se queriam referir apenas à menina do gás e não quiseram dar muito nas vistas!! E fiquem também a saber que os "fundamentais" são apenas cem mil! Isso quer dizer que 9.900.000 portugueses não andam cá a fazer nada de útil!
Eu exijo uma lista nominal, quero ver se lá está o meu nome e mais o nome dos "meus fundamentais" ... que são a minha família, os meus Golfinhos e... vocês, claro!
Este animal é o símbolo da sabedoria. Você sabe melhor do que ninguém que "devagar se vai ao longe" (é melhor fazer tudo com calma e direitinho para não tomar o caminho errado, não é mesmo!?!). Este seu jeito de levar a vida lhe traz uma baita experiência, que poderá ser compartilhada com os outros. A tartaruga sempre carrega muita bagagem nas costas. Lembre-se: você tem a voz do conhecimento. Quando ela recolhe a cabeça, muitos pensam que é cobardia, mas na verdade, daí vem todo seu poder de concentração.
Se também queres saber que animal és (nós costumamos saber só que animais são os outros) é só fazer o teste!!
(como diria um dos meus cronistas preferidos, Manuel Ribeiro)
Ia pôr aqui uma imagem bonita, como as que vi por aí nalguns blogues, mas lembrei-me desta adivinha que recebi há tempos: "qual é a fêmea"?
Segundo o calendário e os blogues, hoje é o dia do mulherio. Já aqui escrevi uma vez ou duas que não concordo com os "dias de..." Não servem para nada, a não ser para dar fôlego aos comerciantes em épocas más (essa é a única boa causa que encontro nestas comemorações). As mulheres mais exploradas do mundo, dos confins da África aos confins da Ásia, Afeganistão e campos de refugiados incluídos sabem que este dia existe? E mesmo que saibam? A vida delas muda alguma coisa? Mas respeito quem acha muito bem, quem oferece flores ou escreve post's dedicados às mulheres neste dia.
Especialmente hoje fala-se de mulheres, como se elas não fizessem as mesmas coisas espantosas todos os dias, assim como muitos homens! E fala-se sobretudo das mulheres na política (ou da falta delas). Eu tenho cá para mim que, se não há mais mulheres na política é porque elas não querem, ou não gostam e não porque alguém as impeça de exercer esses cargos. Essa história das quotas põe-me os cabelos em pé! E porque não quotas nas outras profissões? E os pobres dos educadores de infância homens que ainda hoje são olhados como aves raras?
Eu engravidei duas vezes e tive o meu filho e a minha filha enquanto andava a tirar o meu curso - de 3 anos! - era quando tinha a certeza que não ia para longe, porque depois do curso tirado tudo podia acontecer. As minhas colegas saíam das aulas e iam lanchar à pastelaria, iam às compras, iam ao cinema... Eu vinha para casa tratar primeiro do meu filho e 17 meses depois tratar dos dois! A maternidade é sempre usada como desculpa para muitas coisas que não se fizeram. Realmente os filhos, enquanto são bebés, impedem-nos de fazer uma série de coisas. Mas têm uma vantagem: crescem num instante. Por isso, não vou muito na conversa de quem diz "eu podia ter estudado ou isto e aquilo se não tivessem sido os filhos"...
E agora que os filhos têm 30 anos, qual é a desculpa? Desde que haja vontade tudo se faz. E as mulheres e os homens são e devem continuar a ser diferentes (graças a Deus). O que deve ser igual são os seus direitos! Ainda não chegamos lá? Concordo! Mas também tenho a certeza de que muita da culpa dessa desigualdade é, infelizmente, das próprias mulheres!
A Emiele publica um cartoon elucidativo acerca dos finlandeses. Ontem ouvi qualquer coisa na televisão acerca deste povo que tem um nível de vida superior ao da média europeia, pagam altos impostos e não refilam, enfim, são exemplares. Isto apesar de há poucos anos atrás aquando do desmantelamento da URSS terem ficado sem o seu maior importador. Não ficaram a chorar pelo leite derramado: viraram-se para as tecnologias e criaram a Nokia. De que estamos nós à espera para fazer o mesmo? Os bons exemplos são para serem copiados... Não podemos fazer grandes indústrias, não temos petróleo, mas temos grandes cabeças e a indústria tecnológica não exige grandes fábricas, só grandes ideias.
Ouvi de raspão o nosso primeiro ministro quando ele visitava uma escola e consegui fixar os números: há aulas de substituição, mas também há 400 alunos para 37 professores. Se a Matemática não me falha, isto dá cerca de 10 alunos por professor... E aqui quantos são? Isto para não falar nas instalações daquela escola!...
Duas surpresas: Ganhou um filme que eu já vi! (e isto é um fenómeno raríssimo) Ganhou um filme realmente bom, fora dos estereótipos dos "bons" e dos "maus", dos tiros e das bombas e dos efeitos especiais. Ganhou um filme que nos deixa a pensar nele muito depois de ter terminado. Eu gostei! Parabéns a quem escolheu!!
Tenho uma relação amor-ódio com os sábados... Por um lado é o meu dia preferido da semana, porque ainda falta muito para segunda e não tem o stress do domingo (Saímos? Não saímos? E vamos onde? Outra vez? Ok, não saímos! Que raio de domingo nem pus um pé na rua e já é quase segunda!) Por outro lado o sábado é o meu "dia badalhoco". Visto a roupa que já está destinada à máquina de lavar (normalmente a que vesti na sexta) e faço os trabalhos sujos. Demoro séculos a arrumar a cozinha porque há que fazer aquelas coisas que não se fazem ao longo da semana, como por exemplo limpar o frigorífico (esta tarefa consiste principalmente em deitar fora todos os restos de comida que se guardaram durante a semana porque "não se põe comida fora" - mas esta regra deixa de vigorar ao sábado)!
Depois são as compras, porque entre o levantar um bocadinho mais cedo noutro dia da semana e fazer as compras de manhã com o hiper por minha conta, e a preguiça, normalmente a preguiça vence. E então é assim, a sentir-me suja, gordurosa e com o cabelo colado à cabeça, que vou às compras. É a minha "cara de sábado". Se, por algum milagre do destino, estou mais "apresentável" não encontro ninguém conhecido e aquilo faz-se num instante. Nos sábados em que estou realmente mal é quando encontro pais e mães de ex-alunos e aquela amiga que não via há séculos e que anda sempre como se tivesse acabado de sair de uma sessão fotográfica para capa de revista... Raisparta!
Ao finzinho da tarde vingo-me: o banho demora o triplo do tempo dos banhos da semana, com direito a qualquer-coisa-a-seguir-ao-xampô que dê brilho, ou volume; creme hidratante, tratar das unhas, essas coisas... Depois visto a minha "roupa de trazer por casa" (não se pode mostrar a ninguém agora no inverno... no verão melhora um pouco), mas tão limpinha, tão confortável e tão cheirosa que me sinto renascida. Depois janto... E é então, depois de jantar, que o meu sábado se torna no melhor dia da semana!