Quando o vosso rebento fizer uma daquelas birras que vos envergonham num supermercado, sigam o exemplo desta mãe: vão ver que resulta!!
Quero agradecer ao FARPAS que teve a pachorra de me enviar um e-mail a explicar como se publicam filmes. Agora só vais ter de me ensinar como se "encolhem" que, à conta do filme, tenho o blog todo lixado...
o 0 O(Será que com esta já ganho o meu diploma de "professora que percebe de computadores"?)
Quando acabei o meu curso em 1979 nem sabia o que era um computador. Aliás, a primeira vez que ouvi a palavra "informática" foi em 1980, quando fui morar para um prédio onde um vizinho era "técnico de informática" (mas que raio fará o homem para ganhar a vida, pensava eu...) Só que, toda a gente que acabou os seus cursos por essa altura, fosse em que grau de ensino fosse, sabiam tanto como eu!
Entretanto muita água correu sob as pontes, blá blá blá e hoje em dia só não sabe fazer o básico num computador quem não quis aprender. É que, desde o início dos anos 90, os professores são obrigados a frequentar acções de formação anuais. E, apesar de haver algumas "formações" que não lembram ao menino Jesus, os Centros de Formação têm oferecido sempre formação em informática. Claro que deve ser mais divertida uma acção de formação de danças de salão, ou de iniciação à fotografia e dá os mesmos créditos e tudo, mas isso já é da conta de cada um...
Há acções de formação mais vocacionadas para um ou outro ciclo, mas as de informática normalmente são dirigidas a todos os graus de ensino, desde as educadoras aos professores do secundário. Em todas as que frequentei havia gente de todos os graus de ensino. Então porque é que a Ministra embicou para os professores do 1.º ciclo?
Muito estranho também é essa formação ir ser dada pelas ESE... Então para que servem os centros de formação? Se não são precisos ou já não servem para que existem? Se cumprem os seus objectivos porque não são eles a dar a formação como têm feito até aqui? Será que as mudanças se devem ao facto de haver muitos interesses em jogo? Mais de cinco milhões deles?
Outra coisa que também não deixa de ter a sua piada é que nas escolas do primeiro ciclo normalmente existe um computadorpor sala de aula, enquanto que nos outros ciclos há salas cheiinhas de computadores que até dá gosto...
Ia responder aos comentários (especialmente do Varela), mas estava a ficar tão grande que resolvi escrever aqui os esclarecimentos:
Primeiro: Eu concordo com o prolongamento dos horários. As escolas abertas até mais tarde permitem outras actividades que assim não há oportunidade para se fazerem. Mas discordo da maneira como isso está a ser feito, porque as crianças continuam na escola, na mesma sala de aula onde já passaram pelo menos 5 horas... Antes disso, as escolas teriam de criar espaços para as crianças circularem e irem mudando de actividade: uma biblioteca, um laboratório, uma sala polivalente onde se pudesse, por exemplo, fazer educação física, expressão plástica, etc. Parece complicado? Não é: pelo menos em Aveiro essas escolas já existem no papel, uma por freguesia. Servem também de jardim-escola e têm cantinas.
Acredito que as pessoas que não entendem as reivindicações dos professores, incluindo a Ministra, não fazem ideia de como são as condições físicas na maioria das escolas: não há mais nada para além das salas de aula, as crianças lancham num coberto onde chove e onde nem do vento estão protegidas, o recreio é um espaço de terra lamacento ou poeirento conforme a época do ano. Na minha escola chamamos pomposamente "biblioteca" a um velho armário que já nem fecha...
Segundo: Também acho que todas as escolas de lugar único devem fechar: essas escolas não são um bom local nem para professores nem para alunos (sei do que falo, já trabalhei numa). As crianças devem ser transportadas no mais curto espaço de tempo para uma escola com condições e principalmente onde possam conviver com outras crianças. Neste caso acho que será preciso estudar muito bem a questão dos prolongamentos, senão estas crianças poderão ficar horas demais fora de casa e do seu meio ambiente.
Para além disto, devia haver a coragem de chamar "actividades lectivas" a todas as actividades feitas na escola. Caímos no disparate de poder acontecer que trabalhar no barro seja "actividade lectiva" se for feita durante as cinco horas da praxe, ou "actividade não lectiva" se for feita no período de prolongamento. Em que ficamos afinal?
Terceiro: Amanhã (e todas as sextas) a P. trabalha das 8 às 13 com a sua turma. Depois vai a casa, almoça, e às 15:30 tem de estar noutra escola, a 12 Km de casa dela para "tomar conta" de 13 meninos que ela não conhece. Enquanto ela entretém os meninos a funcionária da escola, que sai à mesma hora, vai varrendo a sala... Mas isto é normal??
E aquela treta que a Ministra diz e os sindicatos confirmam de que estas 2 horas não são para trabalhar directamente com as crianças mas sim para supervisionar os animadores que entretanto as Câmaras Municipais colocaram nas escolas não passa disso mesmo: é treta, eu nunca vi nenhum! Já falei com colegas de outras escolas que também nunca viram... Mas que raio de mistério! O primeiro que tiver visto, que se acuse!
Na semana passada houve, promovida pela FENPROF uma greve às aulas de substituição e aos prolongamentos do 1.º ciclo. Das aulas de substituição não sei o suficiente para falar no assunto, mas dos prolongamentos sei: Sei que se querem dar passos maiores que as pernas ou, dito doutra maneira, mais uma vez se quer pôr o carro à frente dos bois... Isto porque em grande parte das escolas não há condições para dar aulas, quanto mais fazer prolongamentos! Grande parte das escolas nem uma funcionária tem!!
Na minha escola não há prolongamento porque já funciona, por força da falta de instalações, das 8 às 18:15. Mas os professores têm de "dar" duas horas de trabalho extra... As minhas horas "dou-as" - até dou horas a mais - acompanhando os meus alunos ao inglês (que funciona de manhã, duas vezes por semana, numa sala da igreja). Mas as colegas que trabalham da parte da manhã e não têm alunos no Inglês têm de "ir dar as horas" a outras escolas (uma das quais fica a uns módicos 8 Km para lá da escola onde trabalhamos!).
O que irrita no meio disto tudo é que, quando em Setembro fomos postas perante a obrigatoriedade de fazer este trabalho extra, já nos tínhamos organizado de maneira a fazer com que essas horas fossem de muita utilidade para alunos e pais... Em Janeiro, fazem tábua rasa de tudo o que se estava a fazer, e há que "repartir" os professores pelas escolas onde não há pessoal que chegue para assegurar o prolongamento os 5 dias da semana.
Agora vem o papão do secretário de estado ameaçar que "o Ministério da Educação (ME) dispõe de um parecer jurídico que considera um abuso do direito à greve" e os advogados que consultou dizem que "esta greve deve considerar-se extensiva a toda a prestação laboral, com inerente suspensão das relações emergentes do contrato de trabalho, nomeadamente o direito à retribuição" ou seja, os professores que aderiram a esta greve correm o risco de, apesar de terem cumprido o seu horário na sua escola e de só terem faltado as duas horas de prolongamento ( das 15.30 às 17:30) ficar sem um dia de ordenado...
Mas podem ficar descansados que os sindicatos olham por nós... A FENPROF diz que não se pode descontar assim um dia de ordenado aos professores, mas se tal acontecer (!!!!) os serviços jurídicos da Fenprof estarão à disposição dos professores para contestar essa decisão...
Eu não sou contra o prolongamento dos horários das escolas, mas tenho ainda muitas dúvidas sobre a sua utilidade. Se são crianças de cidade, estar até às 17.30 na escola não resolve o problema dos pais - por isso os ATL continuam cheios, ninguém arredou o pé de lá... Se são crianças de aldeia (a realidade que melhor conheço), a maior parte tem onde ficar depois das aulas. Por outro lado também acho que estar na mesma escola das 9 da manhã até depois das 5 da tarde é uma overdose de escola. Por mais variadas que sejam as actividades, não deixam de passar tempo demais na escola.
E, com tantas escolas a fechar no próximo ano lectivo e crianças a serem deslocadas das suas aldeias para outras aldeias ou para as vilas, também terão de fazer o prolongamento? A que horas chegarão essas crianças a casa? (atenção que estamos a falar de crianças desde os 5 anos!). E se os pais - que nesses casos são uma grande maioria pessoas que trabalham nas terras - não quiserem tanto tempo os filhos fora de casa? Uma vez vi um filme em que os filhos eram tirados aos pais em pequeninos e devolvidos depois de grandes e "educados". Às vezes parece-me que estamos a viver uma situação parecida. Acredito que haja pais que adoram esta ideia, que só têm pena que ainda não existam dormitórios na escola, mas a maior parte não quer e não gosta. É que ainda há muitos pais e mães que, tão logo lhes seja possível gostam de ter os filhos junto deles!!
Primeiros: Quero agradecer a todos os que vieram aqui dar os parabéns... Não vou amuar, pois bati o meu récord de comentários, que melhorou bastante desde o 1.º post que teve 1 (um) comentário... Meses depois, quando emigrei para aqui vinda do SAPO, perdi muitos comentários e perdi todos os links e agora não posso ir à procura de alguns perdidos para ver o que é feito deles!
Segundos: Por falar em perdidos, a série "Lost" recomeçou ontem... Não percam que é excelente. A RTP fez-lhe uma grande promoção, mas depois deixa de colaborar quando, logo no primeiro episódio, falha o horário previsto.
Terceiros: Fui visitar Bragança na segunda e na terça (já lá não ia há mais de 20 anos - que vergonha!!). A cidade está linda, mas o frio (cinco graus negativos na terça de manhã e 1 negativo por volta do meio-dia) era de impedir até os mais afoitos de andar por lá a vê-la como merece. Acabei por passar o serão de segunda para terça num cinema no novíssimo Fórum da cidade. Pelo menos começa a haver alguma distracçaõ para as pessoas das cidades do interior. Eu sou um bocado anti Centros Comerciais, mas nestes casos fazem um jeitão: as pessoas têm acesso a lojas iguais às das grandes cidades, aos cinemas e a um local onde podem dar uma voltinha antes de dormir sem congelarem!
Terceiros (parte II) Apesar de tanto frio, nem um floquinho de neve caiu daquele céu azul com sol brilhante! Nem um! Na terça de manhã o tempo estava cinzento, mas também nada de neve... Rapar tanto frio para nada, não há direito! Eu queria ver nevar! Snifff...
Quartos: Andou por aqui mãozinha alheia a escrever, mas não me responsabilizo nem pelos escritos nem pela constipação da menina...