Em Aveiro, todos os parques de estacionamento ficam no centro da cidade. Portanto, para as pessoas poderem largar o carro, têm, forçosamente, de entrar na cidade!
Andar de autocarro? Só para milionários! 1, 50 € é quanto custa o bilhete mais barato!!
Além disso, aqui pela minha zona, autocarros para a cidade só de hora a hora e não é todos os dias!
Sou desassossegada: tão depressa me sento no sofá ou numa cadeira, como me levanto e corro a casa toda. Isto só não acontece se adormecer a olhar para a TV: aí fico quietinha e nada nem ninguém me consegue tirar o sossego. Também gosto de adormecer a olhar para o computador. Não sei explicar porquê, mas... faz-me sono!
Uma das coisas que eu mais adoro é a água: gosto de água, pronto! Sei que isto não é muito normal, mas que hei-de fazer? A água fascina-me!
Na reprografia, onde há apenas uma fotocopiadora, estão duas funcionárias encostadas ao aquecedor.
São 10 da manhã e entra uma professora que pede 14 fotocópias duma ficha de trabalho. Precisa delas para uma aula que vai dar às 14 horas.
Uma das funcionárias diz-lhe que as fotocópias têm de ser pedidas com 24 horas de antecedência. "Não viu o aviso à porta?"
Realmente, no aviso colado na porta lê-se que as fotocópias devem ser pedidas com 24 horas de antecedência...
A professora insite que precisa das fotocópias e, já que elas não estão a fazer nada... podiam atendê-la.
Que não... ordens são ordens e não podem desobedecer às ordens do presidente!
Umas horas depois a professora é chamada ao Conselho Executivo.
Quando lá chega dá de caras, além do presidente, com a tal funcionária das fotocópias.
Passa-lhe pela cabeça que lhe vão pedir desculpa ou algo parecido, mas não!
A funcionária tinha ido fazer queixa da "arrogância" da professora que quis desrespeitar as ordens do senhor presidente.
O "senhor presidente" passa então um raspanete à professora porque "se as coisas estão organizadas assim é para funcionarem assim..."
A cereja em cima do bolo:
Ao comentar o sucedido com outras colegas, há uma que lhe conta o que sucedeu com ela: pediu 3 fotocópias que foram tiradas imediatamente, mas não lhas entregaram...
Para demonstrarem os seus conhecimentos os interessados submetem-se a uma prova escrita. Procurei na página do ME, mas não encontrei a prova. Gostava de a ver.
Mas, mesmo sem ver a tal prova, tenho a certeza absoluta que se o governo retirasse a nacionalidade a todos os portugueses que não a conseguissem fazer, íamos ficar com menos população que o deserto do Sahara em tempo de rali...
(clicar para ler. Recebido por mail, desconheço o(a) autor(a) de tão interessante prosa!)
Não sei o nível etário a quem foi feita tão inteligente pergunta, mas, a julgar pela caligrafia, parece-me gente muito novinha... Por isso, não sei quem é mais ignorante: se quem formulou a pergunta se quem deu a resposta. Quem deu a resposta pelo menos revelou que, embora não sabendo escrever, sabe dar a volta ao texto!!
08:59 Mal tinha acabado de sair do carro e já uma dúzia de caras sorridentes me rodeava, entusiasmados e a gritar "já temos 13 comentários!!" De 5 em 5 minutos iam espreitar o blogue para verem os comentários a crescer...
Por isso quero agradecer a todos os que responderam ao meu (nosso) apelo e foram até lá dar uma força. Eles ficaram realmente felizes por terem tantos fãs e às tantas já perguntavam "somos famosos, não somos?"
E pronto! O Blog dos Golfinhos completou 2 anos. Uma duração extraordinária para um blogue feito por crianças, com poucas condições (só um computador na sala, o que implica muitos dias para que todos possam escrever). Tudo o que sabem aprenderam na escola pois no início nenhum tinha computador em casa. Agora há 2 que têm...
O entusiasmo e o interesse deles deve-se a um certo "contágio" meu, mas principalmente porque eles sabem que são lidos por outras pessoas. Sabem que aquilo que escrevem interessa a outros. Este sentimento incentivou à escrita até aqueles que ao princípio tinham mais dificuldades em se expressar. A frase que eu uso quando os mando escrever sobre um assunto "escreve como se estivesses a contar a alguém" tornou-se realidade... Há realmente "alguém" a quem contar e isso tem-nos incentivado bastante a escrever.
Por isso, mais uma vez, obrigada a todos que ajudaram nesta tarefa!
Tendo em conta a dimensão do Agrupamento, estavam presentes bastantes pessoas, apesar da hora, do frio, do dia da semana, das novelas... Não havia representantes das autarquias locais, o que mostra mais uma vez - como se isso fosse necessário - a importância que é dada à educação por estes órgãos (ou melhor, pelas pessoas que lá estão a representar o povo!) Mas havia bastantes professores e pais, o que prova que há pessoas interessadas em procurar o rumo mais certo para vencer a batalha da educação.
O problema destes debates é que as pessoas que falam são poucas e falam muito. Os pais falam dos seus problemas como pais, os professores falam das suas dificuldades como professores, o que torna o debate mais monólogo que diálogo.
Os pais queixam-se que a escola não lhes dá a devida atenção e queixam-se dos recados que os filhos trazem nas cadernetas, das notas. Para eles os filhos são sempre inocentes e incompreendidos.
Os professores queixam-se que têm alunos a mais (como se podem conhecer razoavelmente os pais de mais de 100 alunos? Ou até os alunos??), e queixam-se do comportamento dos alunos: falta de respeito pela escola e pelos professores, pouco esforço para aprender, falta de perspectivas de vida, falta de ambição.
É muito difícil tirar conclusões num debate onde todos têm razão: os pais, os professores e os alunos - que não são nem tão inocentes como os pais os pintam, nem tão mal comportados como alguns professores os consideram...