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Fábulas

Fábulas

Um novo blog, daqueles bons!

A Lucinda é a minha colega de escola.
E o artigo definido é proposital: na nossa "imensa" escola somos só nós as duas.
(Poucas mas boas...)

A notícia é que ela, finalmente, decidiu fazer um blog.
Só que o blog dela é muito sui generis: é um livro de sumários!

Não será um livro de sumários muito convencional (embora as aulas lá estejam explicadas ao pormenor!), já que a sua autora também tem pouco de convencional.
"Politicamente correcto" é uma expressão que não consta do seu dicionário!
Mas em vez de estarem aqui a perder tempo, o melhor é irem lá ver!
(e é também melhor eu ficar por aqui, que ainda me arrisco a levar nas orelhas!!)

Bolo de Limão com Cobertura de Chocolate

A receita inicial deste bolo foi retirada de http://canelamoida.blogspot.com/.
No entanto, e com a alguma experiência que tenho na confecção de bolos, resolvi fazer algumas alterações, nomeadamente na cobertura.
Espero que gostem!

Ingredientes:

para a massa:
3 ovos;
sumo de meio limão;
1 iogurte natural;
3 c. de sopa de manteiga derretida;
1 chávena de açúcar;
1 chávena e 1/4 de farinha;
raspa de meio limão;
1 c. de sopa (mal cheia) de fermento em pó;
margarina para untar e farinha para polvilhar.

para a cobertura:
1 lata de leite condensado light;
1 tablete de chocolate para culinária (200 gr.);
açúcar branco granulado para polvilhar.

Preparação:

Bata todos os ingredientes da massa numa batedeira, até ficar uma massa homogénea.
De seguida, verta a massa numa forma redonda, previamente untada de margarina e polvilhada com farinha e leve a forno pré-aquecido (180º) durante cerca de 45 minutos.
Entretanto, quando o bolo estiver quase cozido, pode preparar a cobertura, levando a lume brando o leite condensado e a tablete partida aos pedaços, mexendo sempre até o chocolate ter derretido e obter um creme escuro e brilhante.
Depois de desenformar o bolo, cubra-o com a calda de chocolate e deixe arrefecer.
Polvilhe depois com o açúcar.
Leve ao frigorífico durante cerca de duas horas antes de servir.
Bom proveito!

Nota: como devem notar pela fotografia, o bolo ficou baixinho, pois praticamente não cresceu. Talvez seja melhor aumentar a quantidade de fermento, ou até dobrar a receita.

Adenda ao post anterior (ler o outro antes!)

Ao contrário da talentosa Emiele, eu não tenho jeito nenhum para achar imagens na net!
Queria arranjar um carro horroroso como o que vinha hoje atás de mim, mas não achei :(
Em contrapartida, achei um fórum de carros e havia um tipo que dizia assim:
(excertos. E os erros não são meus)

"O menino conta com algumas alteraçoes a meu gosto"

"Após denotar essa diferença fui logo directo marcar uma consulta ao meu menino"

"Vim aqui porque certamente todos nos amamos os nossos meninos e, so queremos o bem deles"

"As minhas rodas traseiras deveriam estar assim"

"E com isto tudo os pneus por dentro agora embarram por dentro e gastam-se bem mais rapido por dentro!"

Bem, não achei uma imagem de um carro xunga, mas nunca se sabe quando encontrei o próprio dono dele!!

Uma dúvida mais

Hoje, no meu percurso de vinda para casa, vinha a ouvir música...
(e daí? devem estar a pensar... toda a gente faz isso!... tadita, devem ser efeitos de tanta reunião, planificação, articulação e avaliação!)

Eu explico:
A música que eu vinha a ouvir não era a do meu rádio!
Eu vinha a ouvir a música do grunho que vinha atrás de mim, num carro que em tudo condizia com o condutor!!

Eu confesso: sou preconceituosa!
Tenho preconceitos contra uma série de pessoas e, à cabeça, vêm os gajos que põem o som tão alto que toda a gente na vizinhança os ouve.
Não há pachorra para este tipo de gentinha!!

Agora uma pergunta a pessoas mais viajadas que eu, que só fui até Vigo, aos pirexes:
Há grunhos detes noutros países?
Ou será monopólio nosso??

...

Eu - e todos os professores que têm net - temos sido bombardeados todos os dias com milhentos e-mails acerca do tema na berra: o nosso processo de avaliação.
Ele é manifestações, ele é desistências disto e daquilo, ele é cartas abertas, ele é discussõs em blogs da moda, etc., etc.

Cada vez que leio um, imagino que a ministra também o deve ter recebido.
E imagino-a a rebolar-se a rir e a dizer de si para si qualquer coisa como "estes patetas ainda estrebucham... como se isso lhes adiantasse de alguma coisa" - ou algo que o valha.

Quanto a mim, não "boto fé" em nenhuma destas "medidas".
Os professores tiveram uma oportunidade única e irrepetível de dizer "não" a esta situação absurda e ridícula da invenção dos professores titulares.
Bastava não terem concorrido!
Não era obrigatório, não aconteceria mal nenhum a quem não concorresse.
E se não houvesse professores titulares este processo de avaliação estaria, se não acabado, pelo menos bastante comprometido.

Mas isso não aconteceu: todos concorreram!
O medo, ou a ganância, ou os dois sentimentos juntos, empurraram os professores para esta situação!
E agora querem o quê?
Concordam com uma parte e não concordam com a outra?
Mas isso é coerência?

Só nos resta uma hipótese de mostrar o nosso desagrado face a todas as sacanices que nos têm feito: as próximas eleições!
O voto é uma arma, e temos de a usar bem!

Miséria total

Ontem telefonaram para a escola a perguntar se estaríamos interessadas numa sessão de esclarecimento às crianças sobre nutrição.
A pessoa que telefonou identificou-se como estagiária na Câmara Municipal de Aveiro e nutricionista.
Claro que disse logo que sim!
Iniciativas destas só pecam por serem poucas!
É claro que nós na escola falamos imenso sobre alimentação saudável, mas vir alguém de fora dá outra "importância" ao assunto.

E hoje, pelas 11 horas lá se apresentou a menina (digo menina porque era novinha, só por isso).
Juntámos as 2 turmas a que a minha escola está reduzida numa sala e ela lá falou com as crianças.
Entretanto, distribuiu aos alunos duas folhas A5, agrafadas uma à outra, com umas imagens e uns conselhos sobre alimentação.
Os alunos observavam e comentavam.
Achei a brochura paupérrima, poucas imagens, pouca informação, papel fraco, nada apelativa.
Algumas eram a cores, outras meras fotocópias a preto e branco.
Uma aula assim diferente merecia qualquer coisa mais elaborada e bonita.

Mas o meu espanto atingiu o auge quando a rapariga, assim que deu por encerrada a sua apresentação, começou a recolher as brochuras!

Perante o meu espanto, lá me confidenciou, envergonhada (como se a culpa fosse dela!) que não a tinham deixado fazer uma brochura para cada aluno, por isso aquelas iriam servir para todas as escolas!

Nota: no dia em que tiver uma boa notícia para dar da minha Câmara Municipal, juro que faço uma festa!!

Histórias da Carochinha

O assunto da conversa na aula era a Carochinha, aquela que ficou viúva no dia do casamento, só porque arranjou um marido guloso!

Pois as crianças do 2.º ano tinham de preencher uma frase onde faltavam palavras.
A frase dizia mais ou menos que a Carochinha tinha casado com o rato, mas não tinha querido casar com o... e o... e era aqui que eles teriam de completar.

E lá foram colocando os nomes dos animais que a Carochinha teria rejeitado: o porco (dizem eles, eu nunca ouvi esta versão!), o gato, o cão...
E eu "ainda falta pelo menos um!"
E uma menina palpita: "a vaca, falta a vaca!"

E eu;
"a vaca?? mas a Carochinha é uma fêmea."
A P, que nos primeiros tempos de escola não falava nem sob tortura e que com o decorrer do tempo foi desabrochando, responde escandalizada (haviam de ver a cara dela!!):
"casar com uma vaca? só se a Carochinha fosse lésbica!"

(vejam isto num contexto em que as crianças têm um vocabulário tão reduzido que eu passo a vida a "traduzir" o que digo)

Feliz Dia para MIM

Hoje como é um dia especial para mim - completo 30 anitos de vida! - resolvi publicar uma foto dum doce que gostaria que fosse da minha autoria, mas hoje não tenho tempo de o fazer :)
Prometo que publico um dia destes um docinho feito por mim, em comemoração do meu aniversário!
Bem haja a todas e obrigada pelas visitas e pelos elogios às minhas humildes confecções culinárias :)
Anjo-de-Mel
Nota: foto tirada da net




Bolo de fubá

Desde que me lembro de ver novelas, lembro-me de ouvir falar deste bolo.
Parece que é presença obrigatória nas mesas de pequeno-almoço dos brasileiros... (pelo menos nas novelas!)

Há muito tempo que sonhava fazê-lo mas andei séculos para saber o que era "fubá".
Finalmente descobri que é nada mais nada menos que farinha de milho moída!
Procurei depois pela receita (e posso dizer que há imensas, qualquer dia expeimento outra), e optei por esta que copiei do blog "Pecado da gula".

Ingredientes:

3 ou 4 ovos
1 xícara de leite
1 xícara de fubá
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de óleo
1,5 xícaras de açúcar
1 colher de sopa de fermento
2 colheres de sopa de queijo ralado ou
2 colheres de sopa de côco ou
1 colher de cada

Preparação:

Na receita original manda bater tudo no liquidificador, mas como o meu está partido, fiz a mistura da maneira tradicional: bati os ovos inteiros com o açúcar, depois acrescentei o fubá, a farinha, o leite e depois o óleo.
No final acrescentei o fermento, mas acho que deveria antes tê-lo funtado com a farinha.
Mexe-se tudo muito bem e a masa do bolo é bastante líquida.
Verte-se para uma forma untada com margarina e polvilhada com fubá.

No meu forno esteve 35 minutos na temperatura 170º.
Cerca de 10 minutos depois de o ter metido no forno cobri-o com papel de alumínio porque já estava a ficar castanho.

E pronto, fica uma delícia.
É um bolo com um sabor diferente daquilo a que estamos habituados, mas é muito bom.
E também é muito lindo e muito fofo, como podem comprovar pela foto!

Nota:
As receitas brasileiras normalmente usam xícaras de medida em vez de capacidade ou peso.
E devo dizer que bem mais prático!
Uma xícara corresponde a 200 ml.

(cliacr para ver a fofura! aconselho a não o fazer se estiver com fome!!)

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