mal falei com o meu marido. Estava furiosa com ele! E não é para menos! Eu conto o que se passou:
À noite fomos ao bar da universidade. Estava lotado, cheio de professores. Num canto havia uma mesa vaga que tinha duas cadeiras, mas uma delas estava entalada pelo tipo da outra mesa, por isso só uma cadeira era utilizável. Vai daí, o meu marido sentou-se e eu fiquei de pé!
É claro que amuei e vim embora! Ele não se incomodou nem um pouco e eu, em vez de sair, fiquei noutro canto onde estava um grupo de pessoas também de pé. Às tantas reparei que essas pessoas tinham uns papéis nas mãos que liam e criticavam. Imaginem a minha fúria quando descobri que esses papéis eram as cotações de uma prova que eu tinha feito com os meus alunos! Quando lhes perguntei onde tinham arranjado aquilo, disseram que tinha sido o meu marido que lhos tinha dado!! E eles criticavam os meus critérios e vinham pedir-me satisfações! Lá me ia explicando e justificando, feita burra, mas às tantas decidi vir mesmo embora.
Não tinha as chaves do carro, por isso fiz-me ao caminho a pé. Estava escuro e mal tinha dado uns passos começou a chover torrencialmente! Mas não ficou por aqui: dali a um bocado estava já meia perdida e nessa altura reparei que havia um homem com cara de poucos amigos que me seguia!!
Estava o homem a alcançar-me e eu a desesperar quando... ... tocou o despertador!
O alívio foi imenso, pela primeira vez na vida não resmunguei com o despertador! Com o meu marido é que foi pior, e só lhe perdoei à hora de almoço.
Todos os dias, 4 vezes por dia, passo ao local onde houve um acidente no início de Agosto. Não dá para o esquecer pois ainda lá estão todas as marcas do acidente, a parede chamuscada e os vidros no chão. Nesse acidente morreu um rapazito de cerca de 20 anos, por isso, se mais nenhum motivo houvesse, esse deveria ser suficiente para que limpassem o local. Mas não.
Aqui há tempos, vi na televisão uma reportagem sobre um acidente com portugueses em Espanha. O acidente tinha acontecido de madrugada mas à tarde, quando o jornalista foi ao local fazer a reportagem, já andavam lá os trabalhadores a repôr os rails de protecção... Por cá, passam anos sem os rails serem consertados depois de um acidente.
O que provocará estas diferenças de atitude? Não acredito que seja um problema financeiro pois os trabalhadores devem estar em algum lado, não são contratados por haver um acidente. Parece-me mais um problema de incompetência de quem tem de gerir estas coisas, incluindo as limpezas das nossas ruas.
Não sei por que não falei do assunto antes, devo ter passado estes dias sem acreditar muito bem no que os meus olhos estavam a ver, só pode ter sido isso.
No outro dia escrevi aqui que na minha escola não havia um único computador, lembram-se? Pronto, exagerei um bocadinho!
A verdade é que logo na primeira semana de aulas a Câmara Municipal de Aveiro mandou instalar um computador na minha escola.Um computador moderníssimo, daqueles fininhos, com monitor LCD e Windows Vista.
Agora sentem-se, que vou contar o resto:
Esse computador foi instalado com uma única função:"ler" os cartões com que os alunos pagam as refeições! Todas as suas funcionalidades estão trancadas para ninguém poder fazer mais nada com ele!! Nada de nada!!!
Dá para acreditar?? Mas acreditem que é a mais pura verdade, embora pareça uma cena de um daqueles filmes nonsense que ninguém entende!
Hoje é o meu dia de ficar de castigo das AEC. O meu trabalho supostamente seria "apoiar o estudo" das criancinhas. Como já passei 5 horas a fazer isso, nesta altura mudo de actividade (eu estou de castigo, mas eles não!) Deixo-os então fazer o que querem: desenham, jogam, brincam...
Hoje um grupinho estava a jogar com um jogo que anda lá pela sala.
Como ninguém sabia bem as regras daquele jogo, inventaram-nas eles. Mas um, mais espertinho e quando se viu a perder, resolveu que o pauzinho que ele tinha "pescado" tinha de valer mais pontos que os outros. Gerou-se a discussão e eu tive de intervir.
Aproveitei e dei-lhes uma lição de moral acerca de ganhar e perder.
Mas a regra mais importante era, segundo eu, que as regras do jogo jamais se mudam durante o jogo. Eles entenderam.
Já eu... Eu dei por mim a pensar "mas que raio! como quero eu que crianças de 7 anos compreendam uma coisa que o pessoal que nos (des)governa - composto por adultos, pelo menos a julgar pela idade cronológica - também não comprende????
Não tiveram uma professora como eu, foi o que foi!!
Estava toda contente porque hoje, finalmente, ia recomeçar a série "Donas de casa desesperadas". Só que a esta hora ainda está a dar a novela e pelos vistos vai durar até à 1 da manhã. Só nessa altura irá começar a série.
Mas esta gente que trata da programação pensa que ninguém trabalha? Estão enganados, porque ainda há por aí uns totós que começam a bulir cedo para que muitos outros possam então ver séries pela noite dentro... Que raiva!
Depois de uma primeira tentativa mal sucedida e de ter esperado uma semana para conseguir "descolar" o doce dos frascos para os poder reaproveitar, eis que desta vez consegui fazer um delicioso
Doce de Abóbora!
Ingredientes:
1 kg de abóbora 750 g de açúcar 1 pau de canela casca de 1 limão
Preparação:
Descascar a abóbora e parti-la em cubos pequenos. Juntar o açúcar, o pau de canela e a casca do limão. Levar ao lume. O meu esteve ao lume cerca de uma hora e ficou num ponto excelente!
Pode-se juntar quase no fim amêndoa laminada ou nozes partidas aos bocadinhos. Nesta versão, como estava ainda traumatizada da primeira tentativa nem acrescentei nada!!
Adenda:
Eu fiz este doce com abóbora daquela verde, a que se costuma dar aos porquinhos...Entretanto algumas pessoas já me disseram que fazem o doce com aquela abóbora amarela, a dos bilharacos.
Cá por casa, ultimamente, tudo tem corrido de mal a pior. Felizmente este azar só acontece com seres inanimados, do mal o menos!! Mas lá que chateia, chateia!
Tudo começou com as obras do quarto de banho que foram cheias de peripécias e ainda não estão completamente resolvidas 3 meses depois do início! Depois é o microondas que está parvo, o relógio não nos obedece e passa dos 40 aos zero segundos num piscar de olhos. Aquecer o leite para o pequeno almoço é uma luta diária com a maquineta... E mais uma data de pequenas coisas...
Isto para não falar dos desaires culinários: o arroz doce que ficou um horror e o doce de abóbora que endureceu tanto que demorei uma semana a conseguir salvar pelo menos os frascos!!
A mais recente aventura começou quando resolvemos reformar o nosso velhinho rádio despertador (=instrumento de tortura). Em trocas sucessivas já vamos no terceiro e isto não vai ficar por aqui!
O primeiro que comprei era lindo e digital mas tinha um defeito inadmissível para as suas funções: se faltasse a luz o bichinho apagava-se e perdia até a memória das estações de rádio pré sintonizadas. Claro que fomos trocá-lo.
O segundo, esse não se apagava com falhas de energia, mas parecia querer competir com o farol da Barra em noites de nevoeiro: os dígitos das horas produziam uma luz tão intensa que alumiava todo o quarto e ainda os arredores! Dormimos com aquilo uma noite, à segunda tapei-o com um pano (!!!!) e à terceira... bem, já não houve terceira!
O actual padece do mesmo mal: embora com menos intensidade (talvez o farol numa noite sem nevoeiro), ainda assim ilumina bastante. Demasiado para quem quer dormir!! Ah, e todos produzem uma irritante luz verde, ao contrário daquela suave luz vermelha que se pretendia.
Posto isto, deixo aqui este apelo: alguém conhece uma bruxa mesmo, mesmo, mesmo boa???