(...) «Mas será que é necessária mais uma auto-estrada, paralela a outras duas ou três, a ligar Lisboa ao Porto, obviamente pensada para satisfazer autarcas que querem "obras", especuladores que querem valorizar terrenos e empresas de construção que querem garantir a sua viabilidade a qualquer custo? Claro que não é precisa, ainda por cima quando se sabe que vai atravessar áreas naturais e preciosas, como por exemplo o Choupal, em Coimbra» (...)
Como as aspas indicam, o texto não é meu, é do Tomás de Montemor, o único colunista que ficou na restruturada NM depois da "limpeza" que levou todos os meus preferidos (Isabel Stilwell, Manuel Ribeiro, Vasco Prazeres...) Normalmente concordo com tudo o que ele escreve, como é o caso desta crónica da NM de ontem. E a pergunta que ele coloca também já a coloquei... Esta febre de auto-estradas interessa a quem? Qualquer dia não há espaço para mais nada a não ser auto-estradas! Ninguém trava este exagero??
Reparando bem, se calhar nem será má ideia! Podemos construir casas por baixo e poupamos dinheiro nos telhados!
Esta fotografia foi tirada numa rua de Sines, nesta Páscoa. Visto assim, parece um jardim vulgar, mas tem uma particularidade muito interessante! (e só a vou desvendar no próximo domingo...)
Mais um desafio, desta vez da Emiele... Trata-se de contarmos onde estávamos e a fazer o quê no dia 24 de Abril de 1974. Quando ela me desafiou, fiz-lhe ver que nessa data ainda não tinha nascido, mas nem assim ela se comoveu!!
O dia 24 de Abril era, nessa altura da minha vida, um dia especial: a C. fazia (e ainda faz!!) anos. Nesse dia de 1974 fazia 15 aninhos. As festas de anos dessa altura não eram como as de hoje, nas discotecas e pizzarias. Eram em casa, mas com uma particularidade ainda mais interessante: incluíam jantar e dormida! E ainda outra: na festa dela a única convidada era eu, na minha era ela! (a minha irmã, mais nova 5 anos que nós, fazia parte do "pacote" mas não contava!
Nesse dia, devo ter feito o habitual: escola (andava no 5.º ano do liceu, actual 9.º) e depois da escola e do lanche, devo ter rumado a casa da C. Devemos ter feito as brincdeiras do costume, depois jantámos, vimos televisão e fomos dormir. Dormir é força de expressão: a mãe dela montava o sofá na sala - ficava uma cama enorme - e nós ficávamos na galhofa até às tantas. De vez em quando o pai ou a mãe dela mandavam um berro lá do quarto "toca a dormir que são horas" ou "párem de falar e durmam", mas nós continuávamos!
Nessa noite, de 24 para 25, (lembro-me perfeitamente porque a data ficou célebre), de madrugada ouvimos uma grande bulha de gatos, levantámo-nos da cama, saímos pela janela e fomos ver o que se passava no quintal... De manhã, quando chegámos à escola disseram-nos que não havia aulas porque tinha havido uma revolução.
"Uma revolução? Mas que raio é uma revolução?" - lembro-me de ter pensado vagamente, mas a perspectiva de um dia livre inteirinho para brincar e ainda por cima com montes de pessoal da escola, deixou-me super-feliz!!
(Já depois de ter escrito este post, pus-me à procura do meu diário e encontrei o dia 24 de Abril de 1974... Aqui está!! não se riam da minha escrita: tinha 14 anos!!)
Quem é que eu hei-de desafiar?? As vítimas são (depois de muito pensar!):
Não me apetece agora andar à procura do local onde escrevi sobre "aquele de quem não quero dizer o nome" para deixar o link, mas eu já tinha previsto isto há séculos!!
Na altura da Páscoa ouvi a desaparecida ministra da educação dizer que, se os computadores não estavam ainda todos entregues, a culpa era das férias da Páscoa e das escolas estarem fechadas... Bom, já passaram 2 semanas de aulas e tenho alunos cujos pais já pagaram o computador e ainda não o receberam!! A chatice é já terem pago, senão podiam ir buscar um à Feira da Ladra!
Como há muitas espécies de pão-de-ló, vou baptizar este assim para o distinguir e também porque o fiz tal e qual como a minha mãe o costuma fazer, desde que eu era pequenita e os bolos eram feitos no bico do fogão com uma forma especial e as claras para ficarem em castelo eram batidas à mão! A minha mãe fazia (e ainda faz) um número muito limitado de sobremesas, mas as que faz são excelentes!
Ingredientes:
ovos (os que se quiser) açúcar - o peso dos ovos farinha de trigo - metade do peso dos ovos cerca de 1 colher de chá de fermento raspa de uma laranja e umas gotas do sumo da mesma
Preparação:
Mais fácil não há! Pesam-se os ovos, para se ficar a saber a quantidade dos outros ingredientes. Batem-se as gemas com o açúcar até ficar homogéneo e esbranquiçado. Acrescenta-se a raspa da laranja e umas gotas de sumo (facultativo, mas eu ponho). Vai-se depois acrescentando a farinha (peneirada e com o fermento) alternadamente com as claras batidas em castelo, mexendo delicadamente. A massa está boa quando cair da colher em fio (técnica infalível!). Vai ao forno a 170º durante cerca de 40 minutos.
O "gigante" da foto tem uma dúzia de ovos, porque eram pequeninos, de garniza.