Estou mesmo preocupada! Tenho visto na televisão que está um sujeito preso e outros são arguidos por receberem luvas. É que eu já recebi umas luvas pelo Natal. Foi o meu marido quem mas deu. Se eu for presa ele também vai?
Reformulo a pergunta: Só vai preso quem recebe luvas ou também vai quem as oferece? É que um não vive sem o outro, se é que me entendem...
Depois de tirar o "recheio" à abóbora, há que fazer as papas!
Ingredientes:
1,200 kg de abóbora menina descascada 75 g de farinha de trigo 25 g de farinha de milho 1 limão 1 pau de canela açúcar a gosto sal q.b. (1 colher de chá)
Preparação:
Cozer a abóbora com sal e em pouca água, aromatizada com o pau de canela e com a casca de limão (pode ser cozida a vapor). Depois de cozida, escorrer a água, tirar o pau de canela e a casca de limão e começar a juntar as farinhas que se vão misturando com uma varinha mágica, para desfazer os grumos. Nesta altura, também se junta o açúcar. Enquanto se vão misturando todos os ingredientes, manter a panela em lume brando. Estão as papas preparadas quando a colher se mantém de pé dentro delas. Colocam-se em tacinhas e polvilham-se com canela em pó.
Uma delícia!
Notas:
Aproveitamento de mão-de-obra infantil, já que esta receita foi indecentemente roubada aos Pirilampos. Por isso, e em troca, se quiserem comentar, comentem lá, que eles ficam todos contentes e já nem se chateiam por eu lhes ter roubado a receita!
O S. é meu aluno, tem 10 anos, e no final da semana passada apareceu-me na escola quase sem poder falar e com a zona da boca inflamada. A causa? Um piercing na boca por baixo do lábio inferior! Uma coisa metálica, enorme, com uma bola cá fora e um bico lá dentro, que lhe bate nos dentes e mal o deixa comer e falar.
Quando lhe ralhei, dizendo "tens esse problema no nariz (ele anda sempre ranhoso e só respira pela boca) e o teu pai nunca te levou ao médico para te tratar e agora leva-te a fazer uma coisa dessas!" ele, pensando que eu achava que devia ser o médico a fazer aquilo, respondeu-me "não fui a lado nenhum, foi o meu primo que me fez lá em casa".
Andei à procura de legislação, mas não achei nada de concreto, apenas projectos de lei.
Alguém me pode dizer se há algo de concreto acerca deste assunto?
Adormeço e acordo com a nova música do anúncio do Pingo Doce a martelar-me na cabeça. E o pior é que me parece que nem gosto lá muito da cantiga!
Se os publicitários acham que se deve falar dos seus anúncios, nem que seja para dizer mal, tenho a dizer que em vez de "pingo doce" eu trauteio "continente"! E nem sei a que propósito, já que é local que nem sequer frequento...
A propósito de um editorial de António José Seguro, publicado no Jornal i, a minha colega G (esqueci-me de perguntar se podia publicar o nome dela) resolveu responder-lhe. A resposta, que mereceu ainda outra resposta do referido senhor, é a que passo a transcrever. De ler e aplaudir de pé!
Sr Seguro:
A minha rua chama-se Agostinho da Silva. Talvez por isso me tenha doído ver por aqui o seu nome, citado a propósito da escola - onde estou TODOS os dias - e numa citação que pode levar a mal entendidos. Também dele: "O oportunismo é, porventura, a mais poderosa de todas as tentações; quem reflectiu sobre um problema e lhe encontrou solução é levado a querer realizá-la, mesmo que para isso se tenha de afastar um pouco de mais rígidas regras de moral; e a gravidade do perigo é tanto maior quanto é certo que se não é movido por um lado inferior do espírito, mas quase sempre pelo amor das grandes ideias, pela generosidade, pelo desejo de um grupo humano mais culto e mais feliz. (...)Seria bom, no entanto, que pensássemos no reduzido valor que têm leis e reformas quando não respondem a uma necessidade íntima, quando não exprimem o que já andava, embora sob a forma de vago desejo, no espírito do povo; a criação do estado de alma aparece-nos assim como bem mais importante do que o articular dos decretos; e essa disposição não a consegue o oportunismo por mais elevadas e limpas que sejam as suas intenções: vincam-na e profundam-na os exemplos de resistência moral, a perfeita recusa de se render ao momento."
Sr Seguro: do alto do pedestal dos seus sonhos, venha até cá abaixo, ver as escolas reais do seu país, aquelas que hoje, pelas leis e reformas consecutivas, não têm nada a ver com esta escola de que fala. Nestas escolas, a diferença é tratada com indiferença, e os meninos diferentes foram CIFados por uma grelha "bio-psico-social", que exclui o pedagógico, de modo a só 1.8% caberem nos que têm direito a apoio. Os que estão de fora engavetam-se numas prateleiras desinclusivas chamadas percursos curriculares alternativos, que mais não são do que o escamotear da realidade reduzindo o número de professores e tarefeiras (que ganham 3 euros à hora). Nestas escolas os professores estão cansados, desconfiados, maltratados, e os projectos e outras coisas afins são vistos como um meio de alcançar melhores notas, com o fito do excelente. Para o crivo do excelente. Começo a ver aquilo que até hoje nunca tinha visto: oculta-se e omite-se, põe-se o pé à frente a ver quem tropeça. E passa-se à frente.
Agostinho da Silva: "A mesquinhez de uma vida em que os outros não aparecem como colaboradores, mas como inimigos, não pode deixar de produzir toda a surda inveja, toda a vaidade, todo o despeito que se marcam em linhas principais na psicologia dos estudantes submetidos a tal regime; nenhum amor ao que se estuda, nenhum sentimento de constante enriquecer, nenhuma visão mais ampla do mundo; esforço de vencer, temor de ser vencido; é já todo o temperamento de «struggle» que se afina na escola e lançará amanhã sobre a terra mais uma turma dos que tudo se desculpam."
Nestas escolas a educação sexual foi imposta por decreto, o bullying existe todos os dias e dos alunos conflituosos ninguém quer saber dos porquês, porque não há tempo. E as turmas são cada vez maiores. E Respeito é uma palavra abandonada e ignorada. E todos os alunos e todos os pais saem impunes dos desrespeitos e da falta de civismo. Nestas escolas os livros são maltratados: os magalhães tomaram o seu lugar e o recreio serve para estar dentro, debaixo dos cabides, a fazer jogos, downloadados ilegalmente, na maioria dos casos. O inglês é uma mistificação: os professores ganham tão mal, que mal podem, vão para onde lhes dão mais meio euro. Os alunos conhecem 2, ou 3, ou 4 professores logo no início do ano. E permanecem sentados depois das 2 horas lectivas seguidas à tarde, depois de um intervalozito às 3 e meia, a jogar magalhães. E ouvem outra vez, sentados outra vez. 7 horas diárias de aulas para crianças de 6, 7, 8 e 9 anos. Valha-lhes a Educação Física, quando não chove. Porque se chove é sala outra vez, é arredar mesas e cadeiras, é um cheiro insuportável de meninos mal lavados, sem balneários, que a seguir sentam outra vez, todos suados, para uma aula de inglês ou de música. Nas mesmas salas, nas mesmas cadeiras, no mesmo oxigénio. Nestas escolas o brincar fenece, e os meninos começam a ter depressões, a ir ao psicólogo; os meninos são mal comportados, os meninos chamam filha da puta à professora. Quer vir até cá, sr Seguro? Venha ver o que fizeram destas escolas. Mas venha sozinho, não anunciado, não a escolas-modelo. Venha sem comitiva, anónimo, e venha ouvir. E verá que sai do sonho e entra no pesadelo da realidade. Venha ver o que conseguiram fazer destas escolas. E chore, pelas escolas e pelos meninos do seu país.
Ou prefere continuar a sonhar e a escrever para o i?...
Uma professora que, apesar de tudo, ainda acredita nessa escola de que fala.
Descascar os marmelos (para uma bacia com água fria para não oxidarem), tirar a parte das pevides bem tiradas para não ficarem grumos na marmelada. Para cada quilo de marmelos usei cerca de 800 gramas de açúcar e 1 dl de água. Levei ao lume e deixei ferver por meia hora. Depois moí com a varinha mágica e coloquei em tacinhas.
Nota: A marmelada fica melhor se for feita com a ajuda de um homem. Este pode, por exemplo... descascar os marmelos!
1 cálice de vinho da Madeira (usei Vinho do Porto tinto); 1/2 chávena de café forte (100 ml.); 9 bolachas de baunilha (usei de manteiga, umas da marca Continente, 'finas e estaladiças'); 100 gr. chocolate de culinária; 1 lata de leite condensado; 4 dl. de natas.
Preparação:
Parta o chocolate em pedaços e derreta em banho-maria. Adicione o leite condensado e misture bem. Bata as natas até engrossar e envolva-as em movimentos delicados ao creme de chocolate. Misture o vinho com o café numa taça e passe as bolachas de baunilha (abertas ao meio) por esta mistura. Coloque-as numa forma rectangular, formando camadas alternadas com o creme de chocolate. Leve ao congelador por 3 horas.
Nota: penso que as bolachas a que a receita se refere é daquelas tipo waffle. Como não tinhas dessas em casa na altura, usei as de manteiga, mas essas não dá para abrir ao meio... Além disso, levei o preparado ao congelador durante a noite. Tirei-o antes do almoço e pu-lo no frigorífico até à hora de servir e na altura não deu para desenformar, pois estava demasiado mole. O resultado final é uma espécie de mousse de chocolate com bolacha. Peço desculpa pela falta de foto, mas quando me lembrei já tínhamos comido tudo! :)
Todos os brasileiros artistas de novelas que vêm a Portugal, dizem maravilhas de cá: do sol, da comida, das pessoas, da "civilização", do calorzinho gostoso ou do friozinho gostoso, conforme a época... Todos se esfalfam para apresentar ascendentes portugueses na sua linhagem, já que isso é motivo de orgulho.
Entretanto os portugueses criticam quem assim procede: que são uns lambe botas, que dizem aquilo só para agradar, que o que adoram cá são os € que levam para o Brasil.
Agora, que apareceu uma artista de novelas a dizer ISTO do nosso país, cai o Carmo e a Trindade, quase sugerem que se linche a rapariga, se ela tiver o desplante de cá voltar.
Juro que não entendo esta gente: afinal querem que digam bem ou querem que digam mal? (e não, não me sinto nada ofendida...)