Ele é operário numa fábrica, ela auxiliar numa escola. Depois dos empregos e aos fins de semana, ainda se dedicam a cultivar umas terras donde tiram mais do que aquilo que necessitam por isso também têm animais: galinhas, coelhos, porcos, ovelhas. Têm 1 carro que normalmente é ele que usa durante a semana. Ela vai de bicicleta para o trabalho. Como não têm tempo para andar por aí a gastar o que ganham, têm casa própria e mais de 100 mil euros no banco.
Caso B:
São os dois operários fabris, mas os rendimentos são idênticos aos do casal A. Têm 1 carro, que já trocaram milhentas vezes por outros mais vistosos. Também houve uma altura em que ele cismou que o que estava a dar era ter uma moto e comprou uma. Teve-a até ao dia em que a espatifou num acidente. Depois do trabalho, ou ele sozinho, ou ambos, vão para o café. Embora anexo à casa haja terrenos, estes estão a monte. Pagam uma renda simbólica, por isso o senhoria já lhes quis vender a casa inúmeras vezes. Nunca quiseram.
Não têm 100 mil euros no banco.
Conclusão:
Se um elemento do Caso A ficar sem emprego, não tem direito a subsídio: são ricos e auto-suficientes.
Se um elemento do Caso B ficar na mesma situação, tem direito a subsídio: são pobres e necessitam da ajuda de nós todos.
Espero que apareça alguém a dizer que esta lei não pode avançar por ser ilegal. Imoral tenho a certeza que é!
Para 1 kg de morangos, cerca de 800 g de açúcar (usei açúcar amarelo). Partem-se os morangos aos bocadinhos, acrescenta-se o açúcar e o sumo do limão e deixa-se ficar 1 hora ou 2. Depois vai a lume moderado, cerca de 1 hora (ou um bocadinho mais). Os meus estiveram cerca de hora e meia e já estavam a pegar-se ao fundo da panela, mas mesmo assim ficou muito bom. Este doce é bom para pôr assim no pão, mas também é muito útil para cobrir cheesecake ou rechear uma torta.
Para o pessoal das excursões, é sala de jantar, e há lá sempre autocarros parados e muitas pessoas a piquenicar. Que imagem levam de Aveiro, depois de passearem num local tão badalhoco e mal cheiroso? Com água imprópria para consumo, muros derrubados e pontes em ruínas...
Estive lá no Dia Mundial da Criança com os alunos da minha escola e fiquei desolada. Um local que tem tudo para ser lindo e prazeiroso e votado ao abandono.
E que dizer daquela "casa de chá" que daria um café maravilhoso, também quase em ruínas?
Cavaco Silva fez um apelo para que o pessoal faça férias em Portugal, e eu não podia estar mais de acordo. Agora, para conseguir o meu voto, só falta convencer o primeiro-ministro a dar "ponte" a toda a gente no próximo fim-de-semana.
Ao contrário do que alguns apregoam (jornalistas à cabeça, para quem "ponte" é sinónimo de desgraças e país na bancarrota), as pontes fazem muito pela economia nacional. Muito mais até que apelos presidenciais.
Residenciais, albergarias e hotéis com muitos quartos alugados, restaurantes com muitas mesas ocupadas, graças ao pessoal das pontes. Não são os velhotes das excursões do Inatel, que esses têm todo o tempo do mundo, nem são os ricos, que esses não frequentam residenciais de 35 € nem restaurantezinhos de praia. Somos nós, a em-vias-de-extinção-classe-média.
ao chamar deserto ao Sul de Portugal. Só pecou por defeito: o deserto, para além do Sul, chega também ao Norte e ao Centro. E vai continuar a crescer, com a ajuda do governo e da ministra da educação. A única parte do país que escapa ao deserto é uma estreita (mesmo muito, muito estreita) faixa de litoral.
As escolas, mesmo que ainda tenham 20 alunos, irão fechar. Não poderia haver maior ajuda à desertificação: qual é o casal jovem que quererá ir viver para uma terra onde não há escola? Onde teriam de arrancar da cama, de madrugada, crianças com 5 e 6 anos, depois metê-las num transporte, e só as voltariam a ver já de noite...
As prés e as escolas do 1.º ciclo não precisam de ser centros altamente tecnológicos, ao contrário do que pensam os iluminados deste governo. Este tipo de escolas têm é de estar perto da população, as crianças precisam de estar na sua aldeia e não desenraizadas num qualquer centro escolar!
Claro que a história das "melhores condições" é só para inglês ver, o principal motivo é a poupança de meios: professores, auxiliares, escolas a funcionar. Mas, muitas vezes o barato sai caro, mesmo muito caro. Neste caso, é o futuro de um país que se hipoteca.