Só pode ser esta a conclusão a que chego quando olho para a minha bichinha. Normalmente tão irrequieta que até faz nervos, está ali num canto, a olhar para mim, com o ar mais infeliz do mundo... Foi na segunda-feira fazer a esterilização, agora anda com aquele horrível funil que a faz tropeçar em tudo e não a deixa lavar-se.
Se fosse um gato, nada lhe acontecia. Às tantas, se fosse um gato, nem teria sido achada - como foi - num caixote do lixo...
Gostava de ver as pessoas que estavam na manifestação anti-NATO, e que foram "brutalizadas" (segundo informação de uma senhora lá presente) por uns sacanas de uns polícias mauzões, como ia dizendo, gostava mesmo era de as ver manifestarem-se no Iraque, ou no Irão, ou no Afeganistão... Gostava mesmo de os ver lá, com os penteados ridículos e piercings por tudo quanto é lado. E, se sobrevivessem à manifestão, podiam ficar lá a viver.
Era um favor que faziam ao mundo.
(eu, se fosse à polícia, realmente não os teria algemado. Pelo menos não sem antes os obrigar a limpar a esterqueira que fizeram na rua!)
Comecei por semear os bolbos todos em filinha, atendendo às características da sua espécie, tudo direitinho. Entretanto, as "kizinhas"* divertiam-se a revolver a terra mole, a desenterrar alguns bolbos e a estrear a nova casa-de-banho tamanho XXXL.
Já era quase noite e eu com uma quase tendinite de tantas ervas arrancar (sim, que eu não sei usar ferramentas, arranco as ervinhas à mão, uma a uma, pela raiz) e de tantos buracos fazer, perdi a paciência: Peguei na enxada, abri uma vala comprida e despejei para lá o resto da saca dos bolbos, sem querer saber de espécie, nem tamanho, nem nada...
Foram assim, sem glória, enterrados numa vala comum. Quando nascerem - isto se sobreviverem às kizinhas - vou ter um jardim caótico, mas original!
* Kizinhas: A Kitty e a Nikita, as 2 gatas que me vieram parar cá a casa.
Barrei uma forma sem buraco com margarina. Bati as claras em castelo e juntei o açúcar, aos poucos. Adicionei as gemas, bati mais um pouco e depois juntei o leite, a farinha peneirada com o fermento e, finalmente, o chocolate em pó. Foi ao forno cerca de 35 minutos a 170º.
Preparação da cobertura
Levei ao lume as natas até levantarem fervura. Pus lá dentro o chocolate partido aos quadrados, esperei um pouco (cerca de 8 minutos) e mexi muito bem. Depois de ter desenformado o bolo e de o ter deixado arrefecer um pouco, reguei-o com este creme.
Notas:
Este bolo cresce imenso e é muito fofo e muito saboroso. Uma verdadeira maravilha!
Como se poupa se antes das 18 horas temos de acender as luzes de casa? Se nos deitamos à mesma hora, quanto mais cedo acendemos as luzes mais energia gastamos... Ou está a falhar-me algum pormenor?