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Fábulas

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Ontem Cavaco Silva

ganhou as eleições e é o novo Presidente da República.
(se não fosse o meu blog alguma vez descobririam tal coisa?)
Por uma unha negra, mas ganhou e pronto!

Não votei nele, mas mais de metade dos portugueses que foram cumprir o seu dever cívico, votaram.
Não estou muito preocupada.
Apesar de nunca o ter achado uma figura simpática, gostei do discurso que fez logo que soube que tinha ganho: há muito tempo que não se ouvia um discurso que não fosse "tadinhos, somos pobres, moramos longe, estamos deprimidos, bla, bla, bla"...
Fez um discurso optimista que gostei de ouvir.

Outra coisa que me alegra nesta eleição é a de que a vida dele possa servir de exemplo a muita gente: oriundo de uma família relativamente pobre, os sacrifícios que teve de fazer para estudar - que nem passam pela cabeça de muitos "betinhos" dos nossos dias para quem só o esforço de carregar os livros é demasiado - mostrar o valor da força de vontade, do trabalho e da tenacidade.
E tenho a profunda convicção de que Cavaco Silva é um homem honesto, daqueles honestos à moda antiga para quem um aperto de mão vale tanto como um papel assinado.

Também me dá uma certa satisfação ver aqueles intelectuais-que-escrevem-artigos-de-opinião-nos jornais-de-referência-e-têm-programas-na-televisão terem de engolir este sapo.
É que nunca percebi porque hostilizavam tanto Cavaco Silva: não pelos seus ideais (o que seria normal e compreensível) mas por ter nascido no Algarve (e não na Lapa ou outro sítio igualmente chique), ser filho do dono da bomba da gasolina que não é doutor nem tem uma árvore genealógica que se apresente...

E espero estar certa nas minhas convicções para bem de todos nós!

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