cá em casa uma carta da Segurança Social a dizer que o meu marido lhes devia cerca de 2000 euros. E não ficam por aqui: logo no segundo parágrafo ameaçavam penhorar os nossos bens, caso não pagássemos.
Apesar de sabermos que não devíamos nada a ninguém, receber uma carta assim "simpática" é muito chato. Quando o meu marido se apresentou nos serviços com os comprovativos de que não lhes devia nada, confirmaram que era realmente verdade, que ficasse descansado. Mas, à cautela, o meu marido exigiu-lhes que fizessem essa declaração por escrito, uma vez que a declaração de que devia dinheiro também tinha vindo por escrito. Ao fim de muito tempo e de muita insistência, chegou a tal declaração. Agora está arrumada em lugar muito seguro, mas estamos até a pensar em alugar um cofre num banco para a guardar, não vá o diabo tecê-las.
Por isso, nesta história Passos Coelho versus Segurança Social, venha o diabo e escolha o mais gatuno...
Percebo pouco de política, menos ainda de políticos, e nada de nada dos meandros da política.
Mas percebo de solidariedade e de honestidade. Embora me pareça que, dos Antónios, o Costa é mais competente que o Seguro, acho que aquilo que ele fez (o Costa) não foi honesto.
É como haver uma pessoa que cava a terra, semeia, arranca as ervas daninhas, rega com desvelo e depois vem outro e faz a colheita...
Para mim pode ser "dono" do partido quer um, quer outro, até pode ser o Papa, que jamais voltarei a votar neles. Mas o que o António Costa está a fazer é mesmo muito feio.
Há muita gente a vender os seus bens para subsistir mais uns tempos. Há os que vendem o ouro e há os que vendem outras coisas que fazem mais falta. Resumindo: quando o dinheiro não chega, vendem-se os bens. No caso dos quadros de Miró, pretendem vendê-los para ajudar a pagar uma dívida (as causas dessa dívida não são para aqui chamadas agora).
Eu acho muito bem: é preferível venderem os quadros do que tirarem ainda mais dinheiro aos que já tão pouco têm...
Já agora: Não vejo esta indignação generalizada quando estamos a vender o país (EDP, ANA, Correios...) aos bocadinhos bocadões!
Basta ver as "contagens" que vão aparecendo sobre a greve, para constatar que hoje só contam os alunos que fizeram ou não fizeram exame. Aliás, o objetivo da greve era mesmo esse: inviabilizar o máximo possível de exames.
Como não fui convocada para tomar conta de nenhum exame (graças a Deus, que parece que aquilo é uma autêntica tortura*, do género de uma pessoa não se poder sequer sentar), não fiz greve (se tivesse sido convocada, faria greve). Só me ia prejudicar a mim, e já estou prejudicada que chegue...
Por isso, não me revejo nos insultos por esse facebook fora, aos que não fizeram greve. Há professores que, se tivessem algum poder, eram piores que o ministro. Deus me livre deles!
* hoje, pelo que li, esqueceram todas as "regras de segurança" - algumas bem estúpidas, diga-se... - e valeu tudo, até fazer exame em ginásios. Há diretores que são uns capachos queridos.
não me incomoda mesmo nada. Não assinei a petição, não vou desligar a televisão, nem sequer vou mudar de canal...
Ele não é o responsável pelo estado em que estamos. Ele é apenas um dos responsáveis, e talvez nem sequer seja o maior. Mentiu? Ok mentiu. Mas se formos a fazer um concurso de mentiras entre Sócrates e Passos Coelho, quem pensam que ganhará?
Jamais voltarei a votar nele e jamais lhe perdoarei a megera que ele arranjou para ministra da educação, o que não quer dizer que tenha discordado de todas as suas políticas.
E até estou curiosa para ouvir o que ele tem para dizer.
(enquanto o povinho anda entretido a assinar petições por causa do seu "regresso", há um ex-espião a voltar ao ativo, com direito a retroativos e tudo...)
Quando se conta esta fábula às crianças, elas todas reconhecem que o agricultor fez muito mal ao matar a galinha: "a galinha morta não faz mais ovos", constatou uma menina de 5 anos...
Com um QI inferior a uma crinaça de 5 anos, temos o nosso governo.
Os muito pobres (que crescem a olhos vistos) não têm mais por onde sentir os efeitos da crise: já nada têm. Os muito ricos também não a sentem, porque não são esses que a pagam. Resta quem? A classe média, que continua a ser o "bobo" desta corte: rouba-se tira-se sempre mais aos mesmos!
A galinha está moribunda, à espera da estocada final.
Quando conheço uma pessoa (seja pessoalmente, seja só pela comunicação social), ou gosto ou embirro. Às vezes penso que me enganei na primeira impressão, mas o tempo acaba por me levar a ver que afinal a primeira impressão estava certa. Nunca falha!
Nunca gostei do Vasco Graça Moura. Nem sei porquê, o homem nunca me caiu no goto. Acho-o vaidoso e empafioso (esta palavra existe?) e não gosto de pessoas assim.
O que ele fez hoje, ao "erradicar" o acordo ortográfico do CCB, mostrou que ainda é pior do que eu o imaginava.
O primeiro ministro está à espera de quê para o demitir?
mas não sei onde raio está a justiça de, por ganhar mais de 1100 €* por mês, deixar de ter direito ao subsídio de natal e de férias... E de o vizinho do lado, apesar de ganhar bastante mais, não perder direito a nada, só porque o patrão não é o mesmo.
Não seria muito mais justo se, por exemplo, criassem um imposto sobre o que vai para além dos 800, ou dos 900, ou dos 1000 - o que entendessem - mas para toda a gente?
Será assim tão difícil de entender?
* eu sei que a maioria dos portugueses ganha ainda menos, mas não é isso que está em causa agora. Realmente o ordenado mínimo nacional é uma vergonha, uma afronta a todos os que trabalham e que têm uma casa para sustentar e direito a uma vida digna.
Tive acesso ao boletim de voto que está a ser impresso para as próximas eleições e, como não quero que vos falte nada, aqui fica para irem pensando em quem vão votar:
Nojentos, estes políticos! Quando toca a tomar uma medida que ia realmente reduzir despesas a longo prazo, os deputados não querem ver o seu número reduzido. Já quando se tratou de cortar nos ordenados de quem trabalha, não se fizeram rogados! Estão tão furiosa que penso seriamente em deixar de votar!