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Fábulas

Fábulas

Ver para crer!!

Mais uma achega à examinite aguda que grassa neste Ministério dos Exames da Educação:(roubado ao Agostinho)(...)Explica-se com dados reais: 6 alunos vão fazer exame a Português no mesmo dia e à mesma hora, embora sejam de ciclos diferentes, mas é assim que está calendarizado pelo ministério da educação. São alunos que vão à 2ª fase, ou seja, alunos que reprovaram, e agora têm outra possibilidade para passar, ou alunos que tiveram negativa à disciplina, e embora estejam aprovados, poderão melhorar a nota.Dos 3 alunos do 2.º ciclo 1 tem necessidades educativas e leitura de prova;Dos 3 alunos do 1.º ciclo 1 tem necessidades educativas e leitura de prova.Segundo a lei, cada aluno com leitura de prova, requer 1 leitor da prova, 1 sala e cada sala requer 2 vigilantes.São 2 alunos com leitura de prova, por isso, são 2 professores leitores de prova, 2 salas e 4 professores vigilantes.Para cada ciclo requer um coadjuvante, ou seja professor da disciplina, neste caso 2 coadjuvantes.Os professores vigilantes terão também 2 professores suplentes, 1 por cada ciclo.Os outros 2 grupos de alunos, 2 do 2.º ciclo e 2 do 1.º ciclo, terão cada grupo a sua sala e em cada sala 2 professores vigilantes, somando dá 4 professores vigilantes.Como um dos alunos do 2.º ciclo reprovou de ano, segundo a lei tem direito a prova oral a Português, ou seja, mais 3 professores para a prova oral.Os coadjuvantes e os suplentes dos 4 alunos, para poupar recursos e porque está dentro da lei, serão os mesmos dos alunos com necessidades.Temos finalmente, o secretariado que é constituído por 5 professores.No total temos 22 professores, sem contar com funcionários da escola para apoio e GNR para levar e trazer os exames.Apetece dizer: que grande trapalhada vai neste reino!

Declaração de amor...

 A escritora Teolinda Gersão ajudou o neto a fazer uma redação...
E o resultado é espetacular! É um bocadinho longo, mas muito agradável de ler.

Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa

Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a
gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. 
A professora? 
Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto:  No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito. “O Quim está na retrete”: “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? 
Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.

No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo,
lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum,o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). 
E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. 
Estão a ver? 
E isto é só o princípio. 
Se eu disser: Algumas árvores secaram,”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.

No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.

No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?

A professora também anda aflita. 

Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. 
É uma chatice. 

Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português,que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12.º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo,o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e
deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer. Dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)

Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa.
Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou: a gente vamos à rua.
Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens,ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear.
Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.

E pronto, que se lixe, acabei a redacção – agora parece que se escreve redação.O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impôr a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos.
Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.

E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: Ó João, onde está a tua gramática? 

Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.

João Abelhudo, 8º ano, turma C (c de c…r…o, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática).

Uma análise do mundo: imperdível!

O Mundo - uma análise divertidíssima
Por Hernán Casciari


Li uma vez que a Argentina não é nem melhor, nem pior que a Espanha, só que mais jovem.
Gostei dessa teoria e aí inventei um truque para descobrir a idade dos países baseando-me no 'sistema cão'. Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho, deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7.

No caso de países temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana. Confuso? Neste artigo exponho alguns exemplares reveladores.

A Argentina nasceu em 1816, assim sendo, já tem 190 anos. Se dividimos estes anos por 14, a Argentina tem 'humanamente' cerca de 13 anos e meio, ou seja, está na pré-adolescência.
É rebelde, não tem memória, responde sem pensar e está cheia de acne.

Quase todos os países da América Latina têm a mesma idade, e como acontece nesses casos, eles formam gangues. A gangue do Mercosul é formada por quatro adolescentes que tem um conjunto de rock.
Ensaiam em uma garagem, fazem muito barulho, e jamais gravaram um disco.

A Venezuela, que já tem peitinhos, está querendo unir-se a eles para fazer o coro. Em realidade, como a maioria das mocinhas da sua idade, quer é sexo, neste caso com Brasil.

O México também é adolescente, mas com ascendente indígena. Por isso, ri pouco e não fuma nem um inofensivo baseado, como o resto dos seus amiguinhos. Mastiga coca, e se junta com os Estados Unidos, um retardado mental de 17 anos, que se dedica a atacar os meninos famintos de 6 anos em outros continentes.

No outro extremo, está a China milenária. Se dividirmos os seus 1200 anos por 14 obtemos uma senhora de 85, conservadora, com cheiro a xixi de gato, que passa o dia comendo arroz porque não tem - ainda - dinheiro para comprar uma dentadura postiça.
A China tem um neto de 8 anos, Taiwan, que lhe faz a vida impossível. Está divorciada faz tempo do Japão, um velho chato, que se juntou às Filipinas, uma jovem pirada, que sempre está disposta a qualquer aberração em troca de grana.

Depois, estão os países que são maiores de idade e saem com o BMW do pai.

Por exemplo, Austrália e Canadá. Típicos países que cresceram ao amparo de papai Inglaterra e mamãe França, tiveram uma educação restrita e antiquada e agora se fingem de loucos.

A Austrália é uma babaca de pouco mais de 18 anos, que faz topless e sexo com a África do Sul.
O Canadá é um mocinho gay emancipado, que a qualquer momento pode adotar o bébé da Gronenlândia para formar uma dessas famílias alternativas que estão de moda.

A França é uma separada de 36 anos, mais prostituta que uma galinha, mas muito respeitada no âmbito profissional. Tem um filho de apenas 6 anos: Mónaco, que vai acabar virando gay ou bailarino... ou ambas
coisas. É a amante esporádica da Alemanha, um caminhoneiro rico que está casado com a Áustria, que sabe que é chifruda, mas que não se importa.

A Itália é viúva faz muito tempo. Vive cuidando de São Marino e do Vaticano, dois filhos católicos gémeos idênticos. Esteve casada em segundas núpcias com Alemanha (por pouco tempo e tiveram a Suíça), mas agora não quer saber mais de homens.
A Itália gostaria de ser uma mulher como a Bélgica: advogada, executiva independente, que usa calças e fala de política de igual para igual com os homens (a Bélgica também fantasia de vez em quando que sabe preparar esparguete).

A Espanha é a mulher mais linda de Europa (possivelmente a França se iguale a ela, mas perde espontaneidade por usar tanto perfume). É muito tetuda e quase sempre está bêbada. Geralmente se deixa enganar pela Inglaterra e depois a denuncia. A Espanha tem filhos por todas as partes (quase todos de 13 anos), que moram longe. Gosta muito deles, mas a perturbam quando têm fome, passam uma temporada na sua casa e assaltam sua geladeira.

Outro que tem filhos espalhados no mundo é a Inglaterra. Sai de barco de noite, transa com alguns babacas e nove meses depois, aparece uma nova ilha em alguma parte do mundo. Mas não fica de mal com ela. Em geral, as ilhas vivem com a mãe, mas a Inglaterra as alimenta.

A Escócia e a Irlanda, os irmãos da Inglaterra que moram no andar de cima, passam a vida inteira bêbados e nem sequer sabem jogar futebol.
São a vergonha da família.

A Suécia e a Noruega são duas lésbicas de quase 40 anos, que estão bem de corpo, apesar da idade, mas não ligam para ninguém. Transam e trabalham, pois são formadas em alguma coisa. Às vezes, fazem trio com a Holanda (quando necessitam maconha, haxixe e heroína); outras vezes cutucam a Finlândia, que é um cara meio andrógino de 30 anos, que vive só em um apartamento sem mobília e passa o tempo falando pelo celular com a Coreia.

A Coreia (a do sul) vive de olho na sua irmã esquizóide. São gémeas, mas a do Norte tomou líquido amniótico quando saiu do útero e ficou estúpida. Passou a infância usando pistolas e agora, que vive só, é capaz de qualquer coisa. Estados Unidos, o retardadinho de 17 anos, a vigia muito, não por medo, mas porque quer pegar as suas pistolas.

Irão e Iraque eram dois primos de 16 que roubavam motos e vendiam as peças, até que um dia roubaram uma peça da motoca dos Estados Unidos e acabou o negócio para eles. Agora estão comendo lixo. O mundo estava bem assim até que, um dia, a Rússia se juntou (sem casar) com a Perestroika e tiveram uma dúzia e meia de filhos. Todos esquisitos, alguns mongolóides, outros esquizofrénicos.

Faz uma semana, e por causa de um conflito com tiros e mortos, os habitantes sérios do mundo descobriram que tem um país que se chama Kabardino-Balkaria. É um país com bandeira, presidente, hino, flora, fauna... e até gente! Eu fico com medo quando aparecem países de pouca idade, assim de repente. Que saibamos deles por ter ouvido falar e ainda temos que fingir que sabíamos, para não passarmos por ignorantes.

Mas aí, eu pergunto: por que continuam nascendo países, se os que já existem ainda não funcionam?

E Portugal?

Por esta ordem de ideias Portugal será um kota de 62 anos, que não quer saber dos filhos que fora de horas teve em África duma mãe trintona (todos agora com por volta dos dois anos e meio) enquanto se perde de amores pela enteada katorzinha que do outro lado do Atlântico se insinua emergente e tesuda ao som do Samba.
Proxeneta por tradição, sendo o mais velho na Europa acha que os outros têm obrigação de o sustentarem, e para tal usa de todos os estratagemas e de chantagem emocional: quando necessário até canta o Fado.
Fabulosa localização com... "aquela janela virada para o mar"! Já para não falar das vinhas ancestrais que lhe crescem nas traseiras do quintal, do azeite das oliveiras que bordejam a propriedade, do peixinho fresco que só falta conhecer o caminho para o assador para ser perfeito!

Ah! À sua custa vivem duas belas filhas solteironas já quarentonas: uma toda virada para a ecologia, com uns olhos azuis lindos como lagoas; e a outra, muito rebelde, a ameaçar casar sempre que a mesada tarda. Ambas com um temperamento assaz vulcânico, prometem ainda dar que falar: a primeira tem sempre a cama feita para um jovem ricaço que a visita amiude de avião; e a segunda, de tão bela, dá-se ao luxo de nem se depilar da sua floresta laurissilva, recentemente eleita para Património Mundial da Humanidade.

NOTA SOBRE O AUTOR:

Hernán Casciari nasceu em Mercedes (Buenos Aires), a 16 de Março de 1971.
É um escritor e jornalista argentino, conhecido pelo seu trabalho ficcional na Internet, onde tem trabalhado na união entre literatura e Blog, destacado na blognovela.
A sua obra mais conhecida na rede, 'Weblog de una mujer gorda', foi editada em papel, com o título: 'Más respeto, que soy tu madre'.

Sugestões

recebidas há bocado por mail.
Acho-as muito bem pensadas, principalmente a última:

"Já que colocam fotos de gente moribunda ou morta nos maços de cigarros, porque não colocar também 
  • de gente obesa em pacotes de batata frita e salgadinhos,
  • de animais torturados nos cosméticos,
  • de acidentes de trânsito nas garrafas e latas de bebidas alcoólicas,
  • de gente sem teto nas contas de água e luz,
  • e de políticos corruptos nas guias de recolhimento de impostos?"

PEDIDO DE EMPRÉSTIMO BANCÁRIO

(este texto, que circula pela net, embora seja um pouco longo, garante que vale mesmo a pena ser lido!)

Um advogado de nome Barack Hussein Obama II, na época, 1995, líder comunitário, membro fundador da mesa diretora da organização sem fins lucrativos Public Allies, membro da mesa diretora da fundação filantrópica Woods Fund of Chicago, advogado na defesa de direitos civis e professor de direito constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago, Estado de Illinois (e atual presidente dos Estados Unidos da América) numa certa ocasião pediu um empréstimo em nome de um cliente que perdera sua casa num furacão e queria reconstruí-la.

Foi-lhe comunicado que o empréstimo seria concedido logo que ele pudesse apresentar o título de propriedade original da parcela da propriedade que estava a ser oferecida como garantia.
O advogado Obama levou três meses para seguir a pista do título de propriedade datado de 1803.
Depois de enviar as informações para o Banco, recebeu a seguinte resposta:

"Após a análise do seu pedido de empréstimo, notamos que foi apresentada uma certidão do registo predial. Cumpre-nos elogiar a forma minuciosa do pedido, mas é preciso salientar que o senhor tem apenas o título de propriedade desde 1803.
Para que a solicitação seja aprovada, será necessário apresentá-lo com o registo anterior a essa data."

Irritado, o advogado Obama respondeu da seguinte forma:

"Recebemos a vossa carta respeitante ao processo n.º 189156. Verificamos que os senhores desejam que seja apresentado o título de propriedade para além dos 194 anos abrangidos pelo presente registo.
De facto, desconhecíamos que qualquer pessoa que fez a escolaridade neste país, particularmente aqueles que trabalham na área da propriedade, não soubesse que a Luisiana foi comprada, pelos EUA à França, em 1803.
Para esclarecimento dos desinformados burocratas desse Banco, informamos que o título da terra da Luisiana, antes dos EUA terem a sua propriedade, foi obtido a partir da França, que a tinha adquirido por direito de conquista da Espanha.
A terra entrou na posse da Espanha por direito de descoberta feita no ano 1492 por um navegador e explorador dos mares chamado Cristóvão Colombo, casado com dona Filipa, filha de um navegador de nome Perestrelo.
Este Colombo era pessoa respeitada por reis e papas e até ouso aconselhar-vos a ler sua biografia para avaliar a seriedade de seus feitos e intenções. Esse homem parece ter nascido em 1451 em Génova, uma cidade que naquela época era governada por mercadores e banqueiros, conquistada por Napoleão Bonaparte em 1797 e atualmente parte da Região da Ligúria da República Italiana.
A ele, Colombo, havia sido concedido o privilégio de procurar uma nova rota para a Índia pela rainha Isabel de Espanha.

A boa rainha Isabel, sendo uma mulher piedosa e quase tão cautelosa com os títulos de propriedade como o vosso Banco, tomou a precaução de garantir a benção do Papa, ao mesmo tempo que vendia as suas jóias para financiar a expedição de Colombo.
Presentemente, o Papa – isso, temos a certeza de que os senhores sabem - é o emissário de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e Deus - é comumente aceite -criou este mundo a partir do nada com as palavras Divinas: Fiat lux que significa "Faça-se a luz", em língua latina.
Portanto, creio que é seguro presumir que Deus também foi possuidor da região chamada Luisiana por que antes, nada havia.
Deus, portanto, seria o primitivo proprietário e as suas origens remontam a antes do início dos tempos, tanto quanto sabemos e o Banco também."
"Esperamos que, para vossa inteira satisfação, os senhores consigam encontrar o pedido de crédito original feito por Deus.
"Senhores, se perdurar alguma dúvida quanto à origem e feitos do descobridor destas terras, posso adiantar-lhes que desta dúvida, certeza mesmo, só Deus a terá por que inúmeros historiadores e investigadores, concluíram baseados em documentos, que Cristóvão Colombo nasceu em Cuba (Portugal) e não em Génova (Itália), como está oficializado:
"Segundo eles, em primeiro lugar, Christovam Colon, foi o nome que Salvador Gonçalves Zarco, escolheu para persuadir os Reis Católicos de Espanha, a financiar-lhe a viagem à Rota das Índias, pelo Ocidente, escondendo assim a sua verdadeira identidade.
"Segundo, este pseudônimo não aparece por acaso, porque Cristóvão está associado a São Cristóvão, que é o protetor dos viajantes (existe inclusive uma ilha batizada de São Cristóvão).
"Cristóvão, que também deriva de Cristo, que propaga a fé por onde anda. Acresce que Cristo, está associado a Salvador (1.º nome verdadeiro do ilustre navegador). Colon, porque é a abreviatura de colono e derivado do símbolo das suas assinaturas". (Duas aspas, com dois pontos no meio).
"Terceiro, Salvador Gonçalves Zarco, está devidamente comprovado, nasceu em Cuba (Portugal) e é filho ilegítimo do Duque de Beja e de Isabel Gonçalves Zarco.
"Quarto, era prática usual na época, os navegadores darem às primeiras terras descobertas, nomes religiosos. No caso dele, foi São Salvador (Bahamas), por coincidência ou talvez não, deriva do seu primeiro nome verdadeiro, a segunda batizou de Cuba (terra natal) e, seguidamente Hispaniola (Haiti e República Dominicana), porque estava ao serviço da Coroa Espanhola.
"Quinto, a "paixão" pelos mares, estava no sangue da família Zarco,nomeadamente em João Gonçalves Zarco, descobridor de Porto Santo (1418), com Tristão Vaz Teixeira e da Ilha da Madeira (1419), com o sogro de "Christovam Colon", Bartolomeu Perestrelo.
"Por fim, em sexto, existem ilhas nas Caraíbas, com referência a Cuba (além da mencionada Cuba; São Vicente, na época existia a Capela de São Vicente, da então aldeia de Cuba).
"Posteriormente (Sec. XVI), foi edificada a atual Igreja Matriz de São Vicente.
São coincidências (pseudónimo, nome das ilhas, família nobre e ligada ao mar, habitou e casou em Porto Santo, ilha que fica na Rota das Índias pelo Ocidente), mais do que suficientes, para estarmos em presença de Salvador Gonçalves Zarco e, consequentemente do português Christovam Colon.
"Christovam Colon, morreu em Valladolid (Espanha) em 1506, tendo os seus ossos sido transladados para Sevilha em 1509. Contudo, em 1544, foram para a Catedral de São Domingos, na época colónia espanhola, satisfazendo a pretensão testamental do prestigiado navegador.
"A odisseia das ossadas não ficaria por aqui, porque em 1795, os espanhóis tiveram de deixar São Domingos, tendo os ossos sido transferidos para Cuba (Havana), para em 1898, depois da independência daquela ilha, sido depositados na Catedral de Sevilha.
"Coincidência ou não, em 1877, os dominicanos, ao reconstruírem a Catedral de São Domingos, encontraram um pequeno túmulo, com ossos e intitulado “Almirante Christovam Colon".
"Existem na Ilha da Madeira e nos Açores, pessoas da família Zarco, descendentes diretos de João Gonçalves Zarco e, consequentemente da mãe (Isabel Gonçalves Zarco) de Christovam Colon, disponíveis para darem uma amostra do seu cabelo aos cientistas, para analisar o seu ADN e, para comparar os seus resultados nas ossadas do navegador, se, efetivamente forem as pretensões deste Banco para certificar-se da sua origem.

"Quanto a Deus, ainda não tenho sua biografia, somente sei que caso a conseguisse, até o maior e mais potente computador do planeta não seria suficiente para comportar um resumo do resumo da mesma, por isso sugiro-vos educadamente e após muito pensar, que, por serem banqueiros e, portanto poderosos, tentem por vossos meios.

Agora, que está tudo esclarecido, será que podemos ter o nosso empréstimo?"

Barack Hussein Obama II
Advogado


O empréstimo, claro, foi concedido.

A crise... por quem a vive mesmo!

Este texto surgiu-me um dia destes, em que estava para falar da crise, mas não é da minha autoria. Não faço link para o blog de onde o tirei a pedido da autora, mas não me atrevi a publicar o que tinha escrito sobre a crise, depois de ler isto.
Só tenho a acrescentar que é vergonhoso haver um país onde uma pessoa que trabalha (e há muitos anos) tenha necessidade de escrever isto:

A sério, que crise?
Porque eu não vejo nenhuma crise nova. Tendo em conta que vivo há anos com a dita cuja (acho que desde que nasci...) não noto grande diferença agora... tendo em conta o sufoco enorme porque passámos nos últimos meses e que, pelo que vejo, está longe de terminar não percebo porque é que AGORA é que está toda a gente com medo.

Eu vivo com medo, entranhou-se em mim e dificilmente sairá, medo de não poder ter comida na mesa para dar ao meu filho, medo de não conseguir ter tecto para lhe dar, uma escola onde andar, é um medo permanente e precisamente por causa desse medo é que passo o dia inteiro a parvejar, cheiinha de sentido de humor, a mandar larachas umas atrás das outras, este medo consome-me por dentro e por isso finjo, finjo que não se passa nada mas ele é bem real.
À noite, depois de deitar o míudo fecho-me na casa de banho que é o único sítio da casa onde consigo estar sozinha e tremo, às vezes tremo tanto mas não choro.

Viver na incerteza é muito mau, sem sabermos com o que podemos contar, a ver aquelas reportagens sobre o Banco Alimentar e a começar a sentirmo-nos demasiado próximos daquela realidade. E olho para as minhas coisas que tanto me custaram a comprar e penso que talvez não sejam minhas para sempre, que se avariarem não vou poder ter de novo, que se falhar um preço baixo no supermercado o dinheiro já não vai chegar.

E estou tão cansada de viver assim, tão cansada de sufocar, de não saber que passo a vida a dizer a mim própria que vai tudo correr bem, interessa é termos saúde e gostarmos uns dos outros e sim, é verdade, isso é o que mais importa mas não torna as coisas mais fáceis.
Levanto-me todos os dias para ir trabalhar e o que me dá força é olhar para o meu filho e vê-lo crescer feliz.
Deus queira que nunca note nada, que nunca pressinta o nó que tenho na garganta.
Há dias assim em que só me apetece chorar.

Paradoxos

Recebi esta interessante mensagem por mail, hoje mesmo, e resolvi publicar, já que o que eu estava a escrever acerca das novidades de hoje era impublicável...


"Nós falamos demais,
amamos raramente,
odiamos frequentemente.
Nós bebemos demais,
gastamos sem critérios.
Conduzimos rápido demais,
ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados,
lemos muito pouco, vemos TV demais,
perdemos tempo demais em relações virtuais,
e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos os nossos bens,
mas reduzimos os nossos valores.
Aprendemos a sobreviver,
mas não a viver;
adicionamos anos à nossa vida
e não vida aos nossos anos.
Fomos à Lua e voltámos,
mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço,
mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores,
mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
mas não o nosso preconceito;
escrevemos mais,
mas aprendemos menos;
planeamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a apressar
e não a esperar.
Construímos mais computadores
para armazenar mais
informação,
produzir mais cópias do que nunca,
mas verdadeiramente comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food'
e da digestão lenta;

do homem grande, de carácter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos,
vários divórcios,
casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas, dos cérebros ocos
e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrina e
muito pouco na dispensa.

Lembre-se de passar tempo com as
pessoas que ama, pois elas
não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso
aos seus pais, a um amigo,
pois não lhe custa um cêntimo sequer.

Lembre-se de dizer "eu amo-te" à sua
companheira e às pessoas que ama,
mas, em primeiro lugar, ame-se a si mesmo.

Um beijo e um abraço curam a dor,
quando vêm de lá de dentro.


Por isso, valorize a sua família,
os seus amores, os seus amigos,
a pessoa que ama
e aquelas que estão
sempre ao seu lado."

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