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Fábulas

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TPC

Que queria eu ser quando fosse grande quando era pequenina, é o desafio a que a minha padeira preferida me pediu para eu responder.

Metes-me em cada uma, rapariga!
Deste-me que pensar, pois não me lembrava assim de repente!
Não por falta de "vocações", antes pelo contrário: tinha muitas!
Quando a costureira ia lá a casa, eu queria ser costureira...
(esta vocação acabou no dia em que a minha mãe me mandou, numas férias, aprender costura. Cheguei a casa da costureira por volta das 2 da tarde e às 4 pedi-lhe para ir lanchar a casa de uma amiga que morava lá perto.
Fui e nunca mais voltei!!)

Quando ia ao médico queria ser médica, quando, já mais grandinha ia à minha escola primária visitar a minha professora e ela me deixava corrigir os ditados dos alunos queria ser professora...

Quando a minha mãe me dava um quadradinho no quintal para eu plantar o que quisesse, sonhava em ser agricultora e ter uma quinta enorme com muitos animais, como nos livros.

Quando ia ter com o meu pai à fábrica onde ele trabalhava no escritório, queria trabalhar num escritório para ter uma máquina de escrever e muita fartura de papel.
(Esta vocação também me passou quando, numas férias grandes, trabalhei 2 meses lá no escritório. Que seca!)

Mas o local que mais me fascinava era mesmo a farmácia...
Naquele tempo havia muitos medicamentos que eram feitos lá e eu adorava ver aquilo, adorava aquele cheiro (ainda hoje gosto do cheiro das farmácias...) e ficava fascinada a olhar para todos aqueles frascos e frasquinhos, todos muito bem enfileirados, etiquetados e cheios de líquidos misteriosos!

Foi ainda com esta vocação que entrei para o liceu...
Até que esbarrei com o propedêutico e resolvi tentar o Magistério...
Parece que não fui eu que segui a minha vocação, mas a vocação veio ter comigo!

Agora vou ter de passar este TêPêCê a mais três...
E os três felizes comtemplados são:
O meu amigo Beto
A amiga mais produtiva, a Emiéle
O meu amigo brasileiro com alma portuguesa... ou será o contrário?

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